Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SHEILA FEITOSA RAMOS
DATA: 07/07/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 27, nas dependências do PPGCS no Ambulatório de Pediatria do H.U.
TÍTULO: “AVALIAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS A ANTIMICROBIANOS EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS”
PALAVRAS-CHAVES: Reação adversa a Medicamento; antimicrobianos; crianças; segurança do paciente;
PÁGINAS: 166
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Introdução. As reações adversas medicamentosas (RAM) afetam especialmente ascrianças hospitalizadas e contribuem para o aumento morbidade, mortalidade, tempo deinternação e custos para os sistemas de saúde. Os antimicrobianos são frequentementeenvolvidos nessas reações devido à frequência e às consequências de seu uso. Dessemodo, investigar as RAM relacionadas aos antimicrobianos em crianças pode contribuirpara melhorar o entendimento sobre os fatores envolvidos, bem como auxiliar naelaboração de estratégias apropriadas para contribuir com a segurança desses pacientes.Objetivo. Avaliar reações adversas a antimicrobianos em crianças hospitalizadas.Métodos. O estudo foi realizado em duas etapas. Na etapa 01 foi realizado um estudode coorte prospectivo em 5 hospitais públicos durante 6 meses. Crianças de 0 a 11 anose 11 anos meses que permaneceram internados por mais de 48 horas e usavam anti-infecciosos prescritos por mais de 24 horas foram incluídos. Este estudo foi aprovadopelo comitê de ética e pesquisa com seres humanos (CEP: SE:2.801.684; CE:3.027.780;RJ:3.264.238; DF:4.273.903; RGS: 3.782.762). Na etapa 02 foi realizada uma revisãosistemática da literatura para identificar o perfil das RAMs moderadas e graves aosantimicrobianos em crianças hospitalizadas. A estratégia de busca foi realizada nasbases Pubmed, Cochrane, Embase, Web of Science, Scopus, Lilacs e Cinahl em abril de2022. Resultados. Na etapa 01, um total de 1.020 pacientes preencheram os critérios deinclusão. Destes, 152 pacientes tiveram 183 suspeitas de RAM. A maioria das reaçõesforam relacionados ao sistema gastrointestinal (65,6%), seguido de reações cutâneas(18,6%). A maioria das reações foi classificada como provável (58,5%), gravidademoderada (61,1%) e inevitável (56,2%). Nossos achados mostraram que as RAMsforam associadas com aumento do tempo de internação (P < 0,001), aumento do tempode terapia (P < 0,015), aumento dos dias de terapia (P = 0,038) e aumento do número deanti-infecciosos prescritos por paciente (P < 0,001). Em relação a etapa 02, 28 artigosatenderam aos critérios de inclusão. As reações cutâneas foram as principaismanifestações clínicas graves apresentadas na maioria dos artigos 17/28, com destaquepara o eritema multiforme (71 casos), síndrome de Stevens-Johnson (72 casos) enecrólise epidérmica tóxica (22 casos). As principais classes de antimicrobianosenvolvidas em RAMs moderadas e graves foram penicilinas, cefalosporinas esulfonamidas. Quanto aos principais desfechos encontrados, 32% (9/28) dos artigosmencionaram óbito e 50% (14/28) dos estudos relataram aumento do tempo deinternação, necessidade de terapia intensiva e/ou transferência para outro hospital. Emrelação às principais intervenções, 7% (2/28) dos artigos mencionaram maiormonitoramento, suspensão, substituição medicamentosa ou prescrição de medicamentoespecífico para a sintomatologia. Conclusão. Quase 15% das crianças hospitalizadasexpostas a anti-infecciosos apresentaram suspeita de RAM. Sua ocorrência foiclassificados como prováveis, de gravidade moderada e inevitáveis. RAMs foramsignificativamente influenciadas pelo tempo de internação e o número de anti-infecciosos prescritos por paciente. Os resultados desta revisão podem ser usados paraidentificar áreas de melhoria e ajudar no desenvolvimento de estratégias paraprofissionais de saúde e formuladores de políticas.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1695058 - MARCO ANTONIO PRADO NUNES
Externo ao Programa - 2443982 - ALFREDO DIAS DE OLIVEIRA FILHO
Externo à Instituição - THACIANA DOS SANTOS ALCÂNTARA