A UFS preocupa-se com a sua privacidade

A UFS poderá coletar informações básicas sobre a(s) visita(s) realizada(s) para aprimorar a experiência de navegação dos visitantes deste site, segundo o que estabelece a Política de Privacidade de Dados Pessoais. Ao utilizar este site, você concorda com a coleta e tratamento de seus dados pessoais por meio de formulários e cookies.

Ciente
Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: AYANE DE SÁ RESENDE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AYANE DE SÁ RESENDE
DATA: 07/07/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 27, nas dependências do PPGCS no Ambulatório de Pediatria do H.U.
TÍTULO: IMPACTO DA OBESIDADE SOBRE OS CASOS DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE POR COVID-19 NO BRASIL E ASSOCIAÇÃO COM A RESPOSTA IMUNOLÓGICA PERIFÉRICA DE PACIENTES EM ESTADO GRAVE
PALAVRAS-CHAVES: Obesidade; Índice de massa corporal; COVID-19; Síndrome respiratória aguda grave; Sistema Imunológico; TREM-1;
PÁGINAS: 106
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO:

A obesidade predispõe um prognóstico ruim na COVID-19. Embora o Brasil tenha sedestacado como quinto país em número de óbitos, carecem estudos sobre a relação daobesidade e COVID-19 no país. Tampouco se compreende sobre as característicasassociadas à obesidade que medeiam essa relação, como a resposta imunológica,sobretudo de monócitos, neutrófilos, células NK e linfócitos T. Assim, o objetivo desteestudo é investigar a contribuição da obesidade sobre casos de síndrome respiratóriaaguda grave (SRAG) por COVID-19 no Brasil, sua associação com a gravidade emortalidade e as características dessa população, incluindo a resposta imunológica depacientes graves. O presente estudo se dividiu em 2 etapas. A etapa 1 é um estudoecológico desenvolvido a partir de dados do SIVEP-Gripe, incluindo indivíduoshospitalizados adultos e idosos com SRAG por COVID-19 com desfecho clínicoconhecido. Realizou-se análise descritiva dos dados e comparativa para investigar asdiferenças entre pacientes com (OB) e sem obesidade (N-OB). Em seguida, fez-se umaanálise espacial entre regiões brasileiras e, por fim, foi aplicada a regressão logística napopulação total e, posteriormente, apenas na população com obesidade. A etapa 2envolveu uma análise transversal com a inclusão de 27 pacientes COVID-19 grave(67% mulheres, 56,33 ± 19,55 anos), designados em grupo OB (IMC ≥ 30 kg/m², n = 9)ou N-OB (IMC < 30 kg/ m², n = 18). As células imunológicas foram isoladas do sangueperiférico e a frequência e expressão dos receptores de superfície foram analisados porcitometria de fluxo. Em ambas as etapas, o nível de significância assumido foi de 5%.Na etapa 1, a obesidade foi a terceira mais frequente entre hospitalizações (8,5%), noentanto, apresentou razão de chance (RC) significantemente maior para uso suporteventilatório invasivo (RC: 2,48; 95%IC: 2,37 – 2,60), não invasivo (RC: 1,59; 95%IC:1,53 – 1,65), admissão em UTI (RC: 1,74; 95%IC: 1,69 – 1,79) e mortalidade (RC:1,36; 95%IC: 1,32 – 1,40), em comparação à doenças mais prevalentes. Pacientes OBeram mais jovens que N-OB (p < 0,001). As etnias pardas e pretas, as regiões Norte eNordeste e analfabetos foram mais afetados nas taxas de mortalidade. A doença crônicarenal foi a única comorbidade associada à mortalidade na população OB. O suporteventilatório invasivo aumentou em 7 vezes a chance de mortalidade nessa população.Na etapa 2, foi observada associação negativa entre a frequência de monócitos elinfócitos com o IMC, enquanto NK e os neutrófilos associaram-se positivamente (p <0,05). Pacientes OB apresentaram monócitos com elevada expressão de PD-L1 (p <0,05) e redução significante de linfócitos CD3+, especificamente citotóxicos, assimcomo maior frequência do fenótipo CD4+CD28+CD279+ (p < 0,05). Nestes pacientesfoi observada maior frequência de NK e TREM-1+ em neutrófilos (p < 0,05).Finalmente, a expressão de receptores relacionados à apresentação de antígenos,fagocitose, quimiotaxia, inflamação e supressão fortemente associaram-se a marcadoresclínicos apenas em pacientes OB (p < 0,05). Estes dados suportam que a obesidade
contribuiu para gravidade e mortalidade da COVID-19 no Brasil e que afetadiferencialmente a resposta imunológica em casos graves.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 426722 - ANGELA MARIA DA SILVA
Externo à Instituição - LUCAS SOUSA MAGALHÃES
Externo à Instituição - MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA

Notícia cadastrada em: 22/06/2023 10:42
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS - - | Copyright © 2009-2024 - UFRN - bigua2.bigua2 v3.5.16 -r19130-f2d2efc73e