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Banca de QUALIFICAÇÃO: TICIANE CLAIR REMACRE MUNARETO LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TICIANE CLAIR REMACRE MUNARETO LIMA
DATA: 19/05/2023
HORA: 14:00
LOCAL: SALA DE TREINAMENTO DO ANEXO I NO HOSPITAL SÃO LUCAS
TÍTULO: DISPARIDADES NO ACESSO E SOBREVIDA EM LONGO PRAZO DE PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO DO SERVIÇO PÚBLICO E PRIVADO DE SAÚDE: REGISTRO VICTIM
PALAVRAS-CHAVES: Infarto do Miocárdio; Disparidades em Assistência à Saúde;Sistema Único de Saúde;Cobertura de Serviços Privados de Saúde;
PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO:

Introdução: Ainda pouco se sabe sobre o prognóstico da sobrevida a longo prazo dospacientes após Infarto Agudo do Miocárdio com Supra desnivelamento do Segmento ST(IAMCSST), dados essenciais para auxiliar na decisão terapêutica do IAM, orientar aalocação de recursos púbicos e determinar a necessidade de cuidados especializadoscontínuos. Objetivo: Avaliar o impacto das disparidades no acesso ao serviçoespecializado e às terapias de reperfusão na sobrevida em longo prazo em pacientes comIAMCSST do serviço público e privado de saúde. Métodos: Estudo de coorte,prospectivo, observacional, no estado de Sergipe com pacientes do Registro VIa Crucispara o Tratamento do Infarto do Miocárdio (VICTIM). Foram incluídos os pacientesdos serviços público e privado de saúde, de ambos os sexos, com idade ≥ 18 anos, comIAMCSST. Dados clínicos, sociodemográficos e de acesso foram coletados no hospitalde 2014 a 2018, a sobrevida em longo prazo foi investigada por entrevistas telefônicasde janeiro de 2020 à fevereiro de 2021. Os resultados a longo prazo foram avaliadospelas curvas de sobrevida de Kaplan-Meier e regressão de Cox, teste de Gehan-Breslowfoi utilizado para a comparação das curvas de sobrevida. Para as associações teve-senível de significancia de p<0,05 e intervalo de confiança de 95%. Resultados: Dos 1082pacientes, 893 (82,53%) foram atendidos pelo serviço público e 189 (17,47%) peloserviço privado. O tempo médio de acompanhamento foi de 34,5 meses, DP:19,9 meses.Os pacientes do SUS percorreram uma distância seis vezes maior do local da dor até ohospital com ICP (58,2 km vs. 8,7km; p<0,001), passaram por pelo menos umainstituição antes de chagar ao hospital com ICP (76,1% vs. 41%; p<0,001), quanto que amaioria dos pacientes do serviço privado foram direto para o hospital com ICP (5,7%vs. 52,7%; p<0,001). O tempo desde o início dos sintomas até à decisão de chamar osocorro foi semelhante nos dois serviços, porém o tempo total desde o início dossintomas até o hospital com ICP foi maior no serviço público (10,3h vs. 5,3h; p<0,001).Os pacientes do SUS também foram menos reperfundidos (49,8% vs. 67,2%; p<0,001),receberam menos ICP primária (47,2% vs. 66,5%; p<0,001). A terapia comfibrinolíticos foi subutilizada em ambos os serviços (2,5% vs. 1,1%; p=0,411). Nomodelo totalmente ajustado, o serviço público teve maior risco de mortalidade a longoprazo (HR=1,64, IC 95%, 1,10 a 2,46; p=0,015). Nesse mesmo modelo, o risco demortalidade a longo prazo foi maior nos pacientes do serviço público que foramreperfundido do que no privado não reperfundido (HR=1,85, IC 95%, 1,06 a 3,22;P=0,031 vs. HR=1,44, IC 95%, 0,69 a 3,01; p=0,327). Conclusão: Os pacientes do SUSforam mais propensos a morrer a longo prazo, tiveram menor acesso às terapias dereperfusão, acesso mais tardio ao serviço especializado e percorreram uma distância seisvezes maior do que os pacientes do serviço privado de saúde, indicando umadisparidade assistencial e a necessidade do fortalecimento de políticas públicasnacionais para garantir a equidade do serviço público brasileiro.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 426692 - ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA
Externo à Instituição - IKARO DANIEL DE CARVALHO BARRETO
Interno - 3545451 - PAULO RICARDO SAQUETE MARTINS FILHO

Notícia cadastrada em: 05/05/2023 07:45
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