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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOÃO SIGEFREDO ARRUDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOÃO SIGEFREDO ARRUDA
DATA: 07/12/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Sala 27 do Programa de Pós graduação em Ciências da Saúde
TÍTULO: AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA CONVENCIONAL EM PACIENTES ACOMETIDOS POR ANEMIA FALCIFORME ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PALAVRAS-CHAVES: Hemoglobinopatias; Doença Falciforme; Anemia Falciforme; Perda Auditiva; Zumbido.
PÁGINAS: 114
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fonoaudiologia
RESUMO:

Dentre as alterações genéticas que acometem os seres humanos, destacam-seas hemoglobinopatias sendo, a Anemia Falciforme (AF), o distúrbio mais comum
no Brasil. Nesta patologia, a deformidade nas hemácias pode resultar na vaso-oclusão e insuficiência circulatória. A circulação inadequada na região da cóclea
pode ocasionar deterioração progressiva da audição. Considerado como um dosprimeiros sinais de perda auditiva, o zumbido é reconhecido como o terceiro piorsintoma para o ser humano. Desta forma, esta pesquisa objetiva: analisar aocorrência de perda auditiva e zumbido em pacientes com Anemia Falciformeem Hospital Universitário de Referência no Estado de Sergipe. Para tal, foramselecionados, por conveniência, 106 pacientes que foram divididos em doisgrupos, por idade: Grupo 01 (07 a 18 anos) e Grupo 2 (19 a 40 anos), comdiagnóstico de AF e que aceitaram participar da pesquisa, respeitando oscritérios de exclusão. Os pacientes foram submetidos a avaliação audiológica,composta por: Audiometria Tonal e Vocal, Medidas de Imitância Acústica,Medidas das Emissões Otoacústicas. Além disso, os sujeitos da amostra, ouseus responsáveis, responderam a: um questionário sóciodemográfico criandopelo autor além e ao Tinnitus Handicap Inventory (THI), para caracterização do
zumbido. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial utilizando-se o software SPSS 25.0. Foi considerado um nível de significância de 5% para
as análises inferenciais. Na análise descritiva das variáveis quantitativas foramcalculadas as medidas de tendência central (média e mediana), variabilidade(desvio-padrão) e posição (mínimo, máximo, primeiro e terceiro quartis). Naanálise descritiva das variáveis qualitativas foram calculadas a frequênciaabsoluta e a frequência relativa percentual. As variáveis quantitativas foramsubmetidas ao Teste Shapiro Wilk. A análise inferencial de associação foirealizada com o teste Qui-quadrado. A comparação entre os dois grupos
independentes, com o Teste de Mann-Whitney. A análise inferencial dasvariáveis quantitativas não-normais em função de múltiplos gruposindependentes foi realizada com o Teste de Kruskal-Wallis. Quando houvediferença estatística no teste de Kruskal-Wallis foi realizada a comparação porpairwise com ajustes pela correção de Bonferroni. Ainda se utilizou o Teste deCorrelação de Spearman, quando necessário. A execução desta pesquisa foiaprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa do HU/UFS, sob parecer: 3.509.379atendendo aos termos da Resolução No 466, de 12/12/2012, do ConselhoNacional de Saúde do Ministério da Saúde. Conclui-se que: Do total da amostra35% tiveram PA. No Grupo 1 foi verificado 24,6% de PA e no Grupo 2, 8,9%apresentaram PA, existindo influência da idade para ocorrência de PA (comp=0,001). Apesar de não haver predominância na relação entre homens emulheres, o Grupo 2 mostrou associação entre audição normal nos homens eter PA leve entre as mulheres, para as orelhas direita (p= 0,040) e esquerda(p=0,039). Evidenciou-se maior frequência de PA Sensoorioneral (PASN) 96%,em comparação a PA Mista 3,4% (p=0,013). O mesmo padrão se seguiu emcada grupo. Verificou-se, predomínio do grau leve (89,7%, p= 0,016) no geral, oque se deu também por grupos nos Grupos 1 e 2. Não se encontrou diferençasignificativa entre ter PA unilateral, ou bilateral. No Grupo 1 quem teveaudiometria normal ou PA leve, passou nas EOAT, em ambas as orelhas(p=0,01). Ainda no Grupo 1 quem tinha audiometria normal passou nas EOAPD(p=0,030) na OD, no entanto, na OE, não houve essa associação. Em relaçãoao Grupo 2, quem apresentou audiometria normal ou PA Leve passou nas EOATna OD (p=0,001), o que não ocorreu na OE. Da amostra total 47,2% dos sujeitosapresentaram alguma queixa auditiva. No Grupo 1 essa prevalência foi 37,7%e no Grupo 2, foi 60%. Houve associação entre o Grupo 1 não ter queixa auditivae o Grupo 2 ter queixa auditiva (p=0,023), ficando evidente o aumento dasqueixas com o avançar da idade. As queixas citadas foram: Dificuldade decompreensão da fala (40%), Zumbido (36%), Plenitude Auditiva (14%) e Otalgia(10%). A queixa mais prevalente no Grupo 1 foi a dificuldade de compreensãoda fala (43,5%) e no Grupo 2 foi o zumbido (44,5%). Existiu relação entre o Grupo1 e não ter zumbido e Grupo 2 e ter esse sintoma (p = 0,022), confirmando-seque há o aumento do surgimento do zumbido com a idade. Houve associaçãoentre ter perda auditiva do tipo mista com a queixa plenitude auditiva no Grupo1. A mediana do Tinnitus Handicap Inventory (THI) foi de 2 para os dois grupos,condizente com Grau Leve de Zumbido. Não se encontrou significância entre terPA e ter zumbido. Existiu a ocorrência de limiares piores do que 20dB em todasas frequências avaliadas na audiometria convencional. Considerando o total das212 orelhas da amostra, 88 delas (41,5%) aprestaram limiar até 20 dB, normal,porém com limares piores do que 20dB em uma ou mais das demais frequênciasfora da média quadritonal. Foi evidenciada associação entre o Grupo 1 e não terfrequências com limiares piores de 20 dB, e o Grupo 2 e ter limiares piores doque 20 dB: em OD (4000Hz e 6000Hz) e em OE (250Hz, 500Hz, 3000Hz,4000Hz e 6000Hz), ou seja, pessoas mais velhas apresentaram mais
frequências com limiares auditivos rebaixados e, dentre estas, houvepredominância da OE. Ao final notou-se: falta de padronização na avaliaçãoauditiva entre os falcêmicos; desconhecimento dos pacientas em terem,potencialmente, PA; necessidade de monitoramento auditivo desses sujeitos, emespecial aos que possuem limiares auditivos piores nas frequências fora damédia tonal; ausência de pesquisas que avaliem a dificuldade de compreensãode fala ou o Processamento Auditivo Central nessa população.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1961565 - RAPHAELA BARROSO GUEDES GRANZOTTI
Externo ao Programa - 2558955 - VALÉRIA MARIA PRADO BARRETO
Interno - 2978450 - VÍCTOR SANTANA SANTOS

Notícia cadastrada em: 18/11/2022 07:34
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