Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOAO BATISTA CAVALCANTE FILHO
DATA: 27/09/2022
HORA: 16:00
LOCAL: Sala 27 do Programa de Pós graduação em Ciências da Saúde
TÍTULO: “A pandemia de COVID 19 e associação com a vulnerabilidade social no Brasil”
PALAVRAS-CHAVES: COVID-19; Vulnerabilidade Social; Epidemiologia; Análise Espacial;
PÁGINAS: 135
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

A COVID-19 foi caracterizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS)como uma pandemia em 11 de março de 2020. Foram confirmados no mundoaproximadamente 574 milhões de casos de COVID-19 e 6,3 milhões de mortes até 31 dejulho de 2022. Reconhecidamente, vulnerabilidades sociais impactam a saúde das pessoas ecomunidades e desigualdades sociais relacionadas ao acesso à moradia, a emprego, àeducação, a saneamento básico e à assistência à saúde continuam exercendo papel namortalidade e carga de doenças, principalmente em regiões com disparidades econômicassignificativas. Objetivo. O objetivo deste estudo foi realizar análise da relação de indicadoresdemográficos, socioeconômicos e de saúde com a mortalidade por COVID-19 no territóriobrasileiro. Métodos. Foram realizados três estudos observacionais. O primeiro estudocorrelacionou as taxas de incidência e mortalidade por COVID-19, acumulados no período demarço de 2020 a março de 2021, ocorridos no Estado de Sergipe, com indicadores sociais dedesenvolvimento humano e vulnerabilidade social, considerando unidade de análise seusmunicípios. Também foi realizada a associação destes índices com a taxa de realização deexames RT PCR por municípios. O segundo estudo analisou a distribuição espacial damortalidade por COVID 19 e sua associação com indicadores socioeconômicos e de saúde naregião nordeste do Brasil, nos anos de 2020 e 2021. O terceiro estudo analisou a relação damortalidade pela doença com indicadores demográficos, a incidência da doença e dedeterminantes sociais de saúde, comparando os dados do ano de 2020 com o ano de 2021,para levantar hipóteses sobre as diferenças entre os dois primeiros anos da pandemia.Resultados. A análise estatística da associação entre os índices de vulnerabilidade social edesenvolvimento humano e as taxas de incidência e mortalidade por COVID-19 no estado deSergipe demonstrou que, no primeiro ano da pandemia, os municípios mais vulneráveis e commaior desenvolvimento humano apresentaram mais casos e mais óbitos pela doença. Ocoeficiente de mortalidade no nordeste brasileiro, uma das regiões com os piores indicadoressociais, teve uma correlação negativa e significativa de indicadores de desigualdade ecorrelação positiva com determinantes sociais de saúde, quando utilizado um modelo com ocoeficiente de correlação de Spearman e quando utilizado um modelo de análise espacial comalto poder explicativo. O cenário da mortalidade na pandemia de COVID 19 em relação aosindicadores demográficos, socioeconômicos e de saúde de saúde no Brasil teve consideráveisdiferenças entre os anos de 2020 e 2021. Conclusão. As vulnerabilidades socioeconômicastêm um papel bem estabelecido na disseminação e gravidade da COVID 19. Porém, fatorescomo estrutura etária, densidade demográfica, indicadores econômicos e polarização políticacomplexificam o cenário da pandemia no Brasil. Municípios maiores e mais populosos, comgrande atividade econômica e onde os gestores implementaram medidas insuficientes pararedução das desigualdades, para o distanciamento social e uso de máscaras sofreram maisintensamente os efeitos da pandemia. Nenhuma narrativa poderia isoladamente poderiajustificar a distribuição da mortalidade no território brasileiro, de dimensões continentais egrandes disparidades demográficas e socioeconômicas. A distribuição da mortalidade porCOVID 19 se mostrou bastante díspar, com muitos fatores influindo no coeficiente.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2030768 - ALLAN DANTAS DOS SANTOS
Externo à Instituição - FELIPE PROENCO DE OLIVEIRA
Interno - 1347234 - KARINA CONCEICAO GOMES MACHADO DE ARAUJO