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Banca de DEFESA: LUCAS SOUSA MAGALHÃES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS SOUSA MAGALHÃES
DATA: 20/02/2020
HORA: 08:00
LOCAL: Auditório Engenharia Civil no Campus São Cristóvão
TÍTULO: Caracterização de isolados de Leishmania (Leishmania) infantum resistentes ao antimônio: Mecanismo de resistência a droga e sua relação com a atividade microbicida de macrófagos e neutrófilos
PALAVRAS-CHAVES: Leishmania. Leishmaniose visceral. Antimônio. Evasão da resposta imune.
PÁGINAS: 103
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa grave, endêmica no Brasil e causada por parasitos da espécie Leishmania (Leishmania) infantum. O estabelecimento da doença está associado a uma falha do sistema imune em controlar a infecção dos parasitos. Os mecanismos microbicidas de macrófagos e neutrófilos estão relacionados a eliminação dos parasitos. A quimioterapia com compostos antimoniais é a principal forma de controle da doença. Nos últimos anos foram descritos inúmeros casos de pacientes refratários ao tratamento e parasitos resistentes a droga. Apesar disso, poucos trabalhos buscaram investigar os mecanismos de resistência nas espécies de parasitos das Américas e principalmente, de uma maneira geral, são poucos os estudos que buscaram investigar a relação entre os mecanismos de resistência ao antimônio e a resposta imune do hospedeiro. Dessa forma, o presente trabalho objetivou descrever o mecanismo de resistência ao antimônio em isolados de L. (L.) infantum naturalmente resistentes a droga e a relação do mecanismo de resistência a droga com a modulação da infecção de neutrófilos e macrófagos. Inicialmente, foi observado que os parasitos resistentes ao antimônio apresentam níveis elevados de compostos tiol, uma molécula essencial presente em antioxidantes naturais. O bloqueio da síntese de tióis nos isolados resistentes aumentou a sensibilidade desses parasitos ao antimônio e diminuiu a capacidade de neutralização de espécies reativas de oxigênio. Em uma segunda perspectiva, a infecção de neutrófilos com isolados resistentes e sensível a droga mostrou que não há diferenças na quantidade de células infectadas, na carga parasitária ou na produção de espécies reativas de oxigênio. Por fim, a infecção de macrófagos com parasitos resistentes pré-tratados com o bloqueador da síntese de tiol potencializou a diminuição da carga parasitária e da disseminação de parasitos. O bloqueio da síntese de tiol nos macrófagos infectados com parasitos resistentes ao antimônio também permitiu o controle da disseminação e da carga parasitária nessas células. Posteriormente, a ativação dos macrófagos, com IFN-γ+LPS ou rsCD40L, potencializou o controle da disseminação de parasitos resistente estimulou a liberação de citocinas pró-inflamatórias, classicamente associadas aos mecanismos microbicidas. Além disso, o uso de anticorpo antagonista da IL-10 também foi capaz de reduzir a disseminação de parasitos nos macrófagos infectados com isolados resistentes a droga. Juntos, os dados apresentados aqui demonstram que os níveis elevados de tióis em parasitos resistentes ao antimônio estão associados a resistência a droga e resistência cruzada a mecanismos microbicidas. Indo além, o mecanismo de resistência em isolados de L. (L.) infantum demonstra estar associado a uma modulação da infecção de macrófagos, podendo ser controlada pela ativação da resposta pró-inflamatória. Esses dados enfatizam importância da interação de parasitos resistentes a droga com o sistema imune e a pesquisa de alternativas terapêuticas que contribuam no controle da infecção dos parasitos, permitindo uma melhor evolução e cura clínica dos pacientes.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FABRICIA ALVISI OLIVEIRA DE MENDONCA
Externo à Instituição - LUCIANA MARIA DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 2213089 - RICARDO SCHER
Presidente - 1511959 - TATIANA RODRIGUES DE MOURA
Externo ao Programa - 1647105 - WAGNER WELBER ARRAIS DA SILVA

Notícia cadastrada em: 03/02/2020 15:16
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