Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCELA BARROS BARBOSA DE OLIVEIRA
DATA: 20/11/2019
HORA: 08:00
LOCAL: Centro de Pesquisas Biomédicas/HU sala 27
TÍTULO: PREVALÊNCIA DE CONSTIPAÇÃO INTESTINAL FUNCIONAL EM ESCOLARES DE SERGIPE E ASSOCIAÇÕES COM PADRÕES COMPORTAMENTAIS DE SELETIVIDADE E DO COMER EXCESSIVO
PALAVRAS-CHAVES: Constipação intestinal. Escolares. Comportamento alimentar. Estado nutricional.
PÁGINAS: 72
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO:
Constipação intestinal é um distúrbio comum na população pediátrica e, no Brasil, sua prevalência varia entre 14,7% a 38,8%. Na idade escolar, as crianças podem ser classificadas como comedores “exigentes”, caracterizados pela rejeição de alimentos específicos, resultando em uma variedade restrita de alimentos consumidos e uma dieta desbalanceada nutricionalmente, devido ao baixo consumo de hortaliças e frutas, alimentos ricos em fibras e vitaminas, substituindo-os por alimentos com alto conteúdo de açúcar, sal e/ou gordura. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de constipação intestinal funcional e sua associação com o estado nutricional e o comportamento alimentar em escolares. Métodos: estudo transversal, incluindo 1051 crianças matriculadas em escolas públicas e privadas do estado de Sergipe, com idade entre 2 anos e 6 anos. O estado nutricional foi avaliado a partir da aferição do peso, estatura, dobras cutâneas, circunferência do braço e da cintura. Para a caracterização de constipação intestinal funcional foi utilizado o critério de Roma IV e a Escala de Bristol. O comportamento alimentar foi avaliado a partir de questionário quantitativo (Child Eating Behaviour - CEBQ), respondido pelos responsáveis pela criança. Resultados: do total da amostra, 242 (23%) crianças foram diagnosticadas com constipação intestinal funcional. Os dados de idade, gênero, condição socioeconômica e parâmetros antropométricos foram semelhantes entre as crianças com e sem constipação intestinal. As crianças constipadas demonstraram não gostar de tomar água e não ter o costume de pedir água com frequência (p <0,001, p< 0,001, respectivamente). Análise multivariada demonstrou que as crianças com seletividade alimentar e com o perfil do comer excessivo tiveram mais chance de apresentar constipação intestinal (RCc: 1,50; IC95% 1,41-1,59 e RCc: 1,14; IC95% 1,07-1,21, respectivamente). As crianças que gostavam de beber água tiveram menos chance de apresentar constipação intestinal (RCc: 0,3 5; IC95%:0,17-1,21.Conclusão: foi observada elevada prevalência da constipação intestinal funcional nos escolares do estado de Sergipe, podendo ser considerada um problema de saúde pública. A seletividade alimentar e o perfil comportamental do comer excessivo estiveram associados à presença de constipação intestinal funcional em escolares do estado de Sergipe, independentemente da idade, gênero, classe socioeconômica, do gosto por beber água e da disponibilidade domiciliar de banheiro.