Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALÉCIA JOSEFA ALVES OLIVEIRA SANTOS
DATA: 26/04/2019
HORA: 13:00
LOCAL: Centro de Pesquisas Biomédicas/HU
TÍTULO: Conexões enteroendócrinas na deficiência isolada de GH devido a uma mutação no gene do receptor de GHRH
PALAVRAS-CHAVES: GH. Grelina. GLP-1. Ingestão alimentar
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO:
Introdução: O GH e IGF-I são cruciais para a obtenção do tamanho normal do corpo e regulação da ingestão de alimentos, armazenamento de nutrientes e sensibilidade à insulina. Conexões enteroendócrinas existem entre o eixo GH/IGF-I e insulina, grelina e peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1). A ação dessas conexões na deficiência de GH (DGH) é desconhecida. Objetivo: Estudar as conexões enteroendócrinas antes e depois de um teste com refeição padrão em uma população homogênea de adultos com DGH congênito não tratado (DIGH) devido a uma mutação no gene do receptor de GHRH. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo transversal com 20 indivíduos com DIGH e 20 controles, aferimos a glicose, insulina, grelina e GLP-1 antes e em 30, 60, 120 e 180 min após a ingestão de uma refeição teste padronizada. Foram calculados HOMA-IR e HOMA-β. Os participantes pontuaram, em escala analógica visual, os sentimentos de fome, plenitude e consumo alimentar prospectivo. Os principais resultado foram encontrados para as medidas de: áreas sob as curvas (AUC) de glicose, insulina, grelina, GLP-1, fome, plenitude e consumo alimentar prospectivo. Os dados para: HOMA-IR e HOMA-β em jejum foram menores no DIGH que nos controles (p = 0,002 e p = 0,023, respectivamente). As AUC foram maiores para a fome (p <0,0001), glicose (p = 0,0157), grelina (p <0,0001) e GLP-1 (p <0,0001) e menores para plenitude (p <0,0001) no DIGH em comparação aos controles. Não houve diferença na AUC para consumo alimentar prospectivo e insulina. Conclusões: O DIGH não tratado está associado ao aumento da secreção de GLP-1 e reduz a atenuação da grelina e da fome pós-prandial em resposta a uma refeição mista. Essas conexões enteroendócrinas podem resultar em um resultado favorável em termos de adaptação ambiental, garantindo a ingestão adequada de alimentos e podem conferir benefícios metabólicos.