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Banca de DEFESA: ADRIANA BARBOSA DE LIMA FONSECA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADRIANA BARBOSA DE LIMA FONSECA
DATA: 29/02/2016
HORA: 09:00
LOCAL: sala 02 Didática 02 HU
TÍTULO: Associação entre a Hanseníase com os Polimorfismos de IL-17 rs 2275913 e do MCP-1 rs1024611.
PALAVRAS-CHAVES: Hanseníase; Resistência; Imunopatogênese; Imunogenética
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

Introdução: A hanseníase é uma infecção crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae, afetando pele e nervos periféricos. No final do primeiro trimestre de 2014 a prevalência global foi de 180.464 casos de hanseníase detectados. A doença apresenta um amplo espectro de formas clínicas e histopatológicas, dependendo da resposta imune do hospedeiro contra o bacilo. Tais formas clínicas incluem as formas polares da hanseníase: hanseníase tuberculóide (HT), com predomínio de uma resposta Th1 específica e controle da multiplicação do M. leprae, e hanseníase virchowiana (HV), com uma resposta Th2 e disseminadas M. leprae - e formas clínicas interpolares. As reações inflamatórias agudas, conhecidas como reações hansênicas, são as complicações da doença que podem ocorrer durante ou após o tratamento e além dos danos neurológicos que podem causar incapacidade crônica irreversível. Vários aspectos genéticos relacionados à patogênese e à variabilidade fenotípica da resposta imune precisam ser mais estudados em Hanseníase. Metodologia: A amostra do estudo foi composta de 199 pacientes atendidos no Ambulatório de Dermatologia da Universidade Federal de Sergipe e no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju e 85 indivíduos saudáveis não consanguíneos coabitantes dos casos em questão. De todos os indivíduos foram coletados 8 mL de sangue venoso em tubo vacutainer contendo ACD (Ácido-Citrato-Dextrose) para extração de DNA genômico obtido utilizando-se a técnica de “coluna" (Dynal, Technical Handbook. 1ed. Oslo, Norway). As amostras de sangue foram encaminhadas para análise no Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe. Para fins de genotipagem dos polimorfismos de base única (SNP) de MCP-1(rs 1024611), IL-6(rs 1800795) e IL-17 (rs 2275913) foram avaliados pela técnica de PCR-SSP (reação de polimerase em cadeia - Polymerase Chain Reaction (PCR) - com primers, ou iniciadores de especificidade única, utilizando kit comercialmente disponível (Applied Biosystems). A técnica de PCR foi realizada usando o aparelho 7500 Fast Real-Time PCR System de acordo com as instruções do fabricante, e os produtos da PCR foram visualizados pela eletroforese em gel de agarose. Para análise estatística foi utilizado o software SPSS versão 22.0 com emprego do teste T de Student para amostras independentes, teste do qui-quadrado, teste exato de Fisher e análise de agrupamentos. Resultados: A amostra foi composta por 280 indivíduos com idade média de 46,7±17,1 anos, idade mínima 8 anos e máxima de 88 anos. Dentre os 280 indivíduos, 199 eram sujeitos doentes e 81 sujeitos sadios não consanguíneos. Quando da análise das características demográficas, observou-se que não houve diferença estatística no tocante à distribuição dos sujeitos em relação ao sexo. Por outro lado, no que se refere à idade, também não foi observado diferença estatística nos grupos doentes e sadios não consanguíneos considerando a classificação diagnóstica pauci ou multibacilar. No grupo dos doentes houve predominância dos sujeitos multibacilares (66,8%) em relação aos paucibacilares (33,2%) e, no que tange a ocorrência de reação hansênica, 46,7% dos doentes apresentaram reação durante o período analisado. Houve diferença na distribuição de genótipos de MCP-1 e IL-17 entre os indivíduos doentes e sadios (p=0,015 e p=0,031 respectivamente) com maior frequência do genótipo GG nos doentes quando comparados aos sadios. Para o IL-6 não se observou diferença estatística entre os grupos (p=0,827). A comparação da distribuição dos genótipos entre os grupos estratificados pela forma clínica paucibacilar, mutibacilar e sadios não consanguíneos mostrou diferença na distribuição dos genótipos de IL-17 com maior frequência do genótipo GG tanto nos indivíduos doentes acometidos com as formas clínicas pauci e multibacilar da hanseníase quanto em sadios (p=0,031). Em relação à manifestação ou não reação hansênica nos doentes comparados aos sadios, apenas quando da análise dos genótipos do MCP-1 houve diferença estatística com maior frequência do genótipo GG nos sujeitos doentes que não manifestaram reação hansênica (p=0,029). A análise dos indivíduos doentes e contactantes sadios não consanguíneos segundo as variáveis idade, sexo, forma clínica da hanseníase, reação hansênica, incapacidade e genótipos de MCP-1, IL-6 e IL-7 permitiu discriminar cinco grupos. No tocante às variáveis idade e sexo não houve diferença estatística entre os grupos (p=0,15 e p=0,586 respectivamente). Dentre os grupos, o grupo 5 (cinco) foi composto apenas de indivíduos doentes, com forma clínica multibacilar em sua maioria (67,6%) e discreta predominância de sujeitos que não manifestaram reação hansênica (51,4%). Considerando a distribuição genotípica, houve distribuição uniforme dos genótipos AA e AG do MCP-1, predominância do genótipo CG do IL-6 e GG do IL-17.Conclusão: O genótipo GG do MCP-1 e IL-17 foram mais frequentes em indivíduos doentes e o genótipo GG foi mais evidenciado nos sujeitos doentes que não manifestaram reação hansênica. A identificação de SNPs que possam conferir susceptibilidade ou proteção à hanseníase adquire caráter promissor como ferramenta diagnóstica decisiva no controle da hanseníase.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 285930 - AMELIA MARIA RIBEIRO DE JESUS
Interno - 426722 - ANGELA MARIA DA SILVA
Externo ao Programa - 2191208 - NALU TEIXEIRA DE AGUIAR PERES
Externo à Instituição - RODRIGO ANSELMO CAZZANIGA
Interno - 1511959 - TATIANA RODRIGUES DE MOURA

Notícia cadastrada em: 17/02/2016 10:24
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