Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SULAMITA CYSNEIROS DAS CHAGAS SANTOS
DATA: 25/04/2014
HORA: 14:00
LOCAL: sala 27 Centro de pesquisas biomédicas
TÍTULO: Perfil Auditivo de Crianças Atendidas em Serviço de Alta Complexidade na Cidade de Aracaju, Sergipe.
PALAVRAS-CHAVES: Perda auditiva; criança; política de saúde.
PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:
As crianças que apresentam deficiência auditiva, na sua maioria demonstram defasagem significativa no desenvolvimento pedagógico, social e emocional. Após a criação da Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva em 2004, a deficiência auditiva vem sendo discutida no âmbito das políticas públicas a fim de determinar e de programar ações que objetivam desenvolver estratégias voltadas à promoção da qualidade de vida. Objetivos: descrever o perfil audiológico das crianças atendidas em serviço de referência na Alta Complexidade; determinar o mapa de procedência dos pacientes; correlacionar a perda auditiva ao sexo e faixa etária; identificar o tipo e o grau da perda auditiva; caracterizar o tipo de Aparelho de Amplificação Sonora Individual selecionado e analisar a continuidade do processo na reabilitação de fala. Metodologia: foi realizado estudo descritivo em crianças na faixa etária de 0 a 15 anos de idade encaminhadas ao serviço de alta complexidade em Saúde Auditiva do Hospital São José, Estado de Sergipe. Para caracterizar a perda auditiva, foram utilizados exames eletrofisiológicos e respostas comportamentais correspondentes à faixa etária: Audiometria, Impedanciometria, Emissões Otoacústicas e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico. Após avaliação clínica realizada por uma equipe multidisciplinar, as crianças foram encaminhadas à seleção do Aparelho de Amplificação Sonora e terapia de reabilitação de fala. Resultados: foram estudadas 129 crianças, de ambos os gêneros, na faixa etária de 0 a 15 anos de idade. Quanto ao gênero, 69 (53,5%) eram do sexo feminino. Com relação à faixa etária, 91 (70,5%) apresentavam 11 a 15 anos de idade. Quanto aos fatores demográficos, 43 (33,3%) residiam em Aracaju. A perda auditiva acometeu ambas as orelhas em 124 (96,1%) dos casos. De acordo com informações colhidas na entrevista, em 67 (51,9%) crianças a etiologia foi referida como desconhecida. Quanto ao tipo e grau da perda auditiva, 111 (86,1%) crianças apresentaram perda sensorioneural e em 101 (78,3%) a perda era de grau severo a profundo. A terapia de reabilitação de fala não foi realizada por 83 (64,3%) crianças do estudo. O Aparelho de Amplificação Sonora selecionado em 127 (98,4%) crianças foi do modelo retroauricular, sendo (79) 61,2% pertencentes à Classe “A”. Conclusão: foi identificado maior percentual de crianças do sexo feminino com faixa etária de 11 a 15 anos. A perda auditiva do tipo sensorioneural de grau severo a profundo bilateralmente apresentou alta prevalência. Os modelos e tipo de Aparelhos de Amplificação Sonora selecionados seguem as recomendações do Ministério da Saúde. Dentre as crianças que fizeram terapia de fala, a maioria reside na capital ou cidades próximas ao Serviço de Saúde Auditiva. Ações voltadas à Saúde Auditiva podem proporcionar o conhecimento de novos dados epidemiológicos e contribuir para a proteção, promoção e recuperação da saúde audiológica infantil.