Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARAISA BEZERRA DE JESUS
DATA: 20/02/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de aula Centro de Pesquisas Biomédicas
TÍTULO: EFEITOS CONTRÁTEIS, ELÉTRICOS E ANTIOXIDANTES DE Canavalia rosea SOBRE O CORAÇÃO DE MAMÍFERO
PALAVRAS-CHAVES: injúria de reperfusão cardíaca, Canavalia rosea, antioxidante
PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:
Os produtos derivados de plantas têm sido vastamente estudados para prevenção, cura e tratamento de doenças. Sustâncias presentes na sua composição, que tenham principalmente, caráter antioxidante, são de grande interesse para a minimização das injúrias cardíacas provocadas pela reperfusão do tecido. A injúria de reperfusão cardíaca é um fenômeno fisiopatológico que pode ocorrer nas síndromes coronarianas em geral, infarto do miocárdio, assim como nas cirurgias cardiovasculares e angioplastias eletivas. Neste contexto, torna-se importante avaliar os efeitos biológicos, bem como, o potencial antioxidante para a proteção do tecido cardíaco e a prevenção de danos causados pelas doenças cardíacas. A fração acetato de etila (FAE) foi obtida do extrato das folhas de Canavalia rosea e, para mensurar seu potencial antioxidante, foi realizado o ensaio de lipoperoxidação induzida por duas substâncias químicas, o AAPH e o FeSO4. Neste trabalho avaliaram-se, também, os efeitos eletrocardiográficos da FAE de C. rosea em corações isolados de ratos em sistema de perfusão aórtica do tipo Langendorff. Neste sistema, os corações foram perfundidos com a FAE para avaliação de seus efeitos contráteis e elétricos, além de testarmos a sua ação em modelo de injúria de reperfusão cardíaca decorrente de isquemia global do miocárdio. De acordo com o índice de atividade antioxidante (IAA), a FAE mostrou potente potencial antioxidante, e, nas diferentes concentrações testadas, a FAE foi capaz de reduzir em aproximadamente 75% a lipoperoxidação induzida pelo AAPH e 95% da lipoperoxidação quando induzida pelo FeSO4, quando comparada ao TROLOX (controle positivo), mostrou ser tão potente quanto este antioxidante. Avaliou-se também o efeito antioxidante da FAE de C. rosea sobre o coração isolado de rato após indução de isquemia e reperfusão, através do TBARS, e das enzimas SOD, Glutationa Peroxidase, Glutationa Redutase e Catalase, em três grupos experimentais. Grupo 01 – Sham: sem nenhuma manobra de isquemia e perfusão de Krebs-Ringer (KR) + Veículo (0,05% DMSO), Grupo 02 – I/R + Veículo: 30 minutos de isquemia e mais 60 minutos de reperfusão com KR + Veículo, Grupo 03 – I/R + C. rosea: 30 minutos de isquemia e mais 60 minutos de reperfusão com KR + FAE de C. rosea (300 µg/mL). Os resultados indicam que a C. rosea tem papel antioxidante importante por aumentar a atividade da SOD e por diminuir a peroxidação lipídica, o que pode proteger o coração das injúrias decorrentes da reperfusão cardíaca após período isquêmico.