Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERNANDO MARINHO FERNANDES DA SILVA
DATA: 13/09/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Via Google Meet
TÍTULO: AS PIXAÇÕES DE CUNHO FEMINISTA COMO CAMPO DISCURSIVO
DE AÇÃO E RESISTÊNCIA EM ARACAJU
PALAVRAS-CHAVES: Pixação. Pichação. Feminismos. Campos discursivos de ação. Culturas Populares.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
SUBÁREA: Artes Plásticas
RESUMO:
Nos últimos anos do século 21 observamos a ocupação do espaço público das ruas pelas mulheres. Ao nos depararmos com os pixos de cunho feminista em Aracaju, nos questionamos, inicialmente, sobre quem seriam essas mulheres? Porque pixam? O que esperam das pixações? As pixações se configuram como uma ação provocadora de uma reflexão sobre a condição da mulher? Há uma pixação feminista em Aracaju? Tais questionamentos nos mobilizaram para esta pesquisa. Assim a questão norteadora se configura como: As pixações Juno, O corpo é meu, Bucetalada, Buceta, Xibiuti, Fiq atenta!, Fé nas minas dão indícios da configuração de um campo discursivo de ação feminista e de resistência popular em Aracaju? O objetivo geral desta pesquisa é compreender o motivo da produção das pixações de cunho feminista em Aracaju entre 2019 e 2021 a luz dos campos discursivos de ação de Alvarez (2014) e do conceito de resistência de Chauí (2014) atrelado a noção de culturas populares. Entendemos que é importante investigar tais manifestações visuais que apontam para as questões feministas como o debate sobre a autonomia do corpo feminino, a liberdade e ocupação dos espaços públicos, a sororidade e o fortalecimento da condição feminina. Outra condição que justifica esta investigação é que a pixação é percebida como uma atividade marcadamente masculina e identificar pixações produzidas por mulheres como um fenômeno importante interrompe a reprodução de um processo de invisibilização das mulheres. E, ainda, pela possibilidade de abordar uma cultura popular marginalizada e criminalizada ressaltando suas contradições e disputas. Utilizamos a abordagem qualitativa, já que tem como alvo melhor compreender o comportamento e a experiência humana. Desenvolvemos a investigação em quatro etapas: 1. Mapeamento fotográfico, 2. Revisão bibliográfica, 3. Entrevistas semiestruturadas com as pixadoras, 4. Caracterização dos elementos do campo discursivo de ação e da resistência a partir dos depoimentos e pixações. A dissertação está estruturada em três seções: 1. Bases teóricas - Pixação, Culturas Populares e Feminismos; 2. Paisagem Dominante e Paisagens Alternativas em Aracaju e 3. Campos Discursivos de Ação e Resistência.