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Banca de QUALIFICAÇÃO: JILCICLEIDE AUGUSTA PAES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JILCICLEIDE AUGUSTA PAES
DATA: 18/03/2019
HORA: 17:30
LOCAL: Auditório de Letras
TÍTULO: Variação nos pronomes pessoais de segunda pessoa: gramática, escola e preconceito linguístico
PALAVRAS-CHAVES: Pronome; Variação tu/você; Preconceito Linguístico.
PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Sociolingüística e Dialetologia
RESUMO:

Os estudos sociolinguísticos evidenciam que a língua é heterogênea e sujeita a variações, com o tempo, espaço e perfil social. Por conta destas variações, emerge o preconceito linguístico, que colabora para a exclusão social. Cabe à escola a tarefa de reconhecer o registro linguístico em uso em uma comunidade, respeitando a diversidade, sem incorrer em preconceito linguístico. Um exemplo desta diversidade é a variação nos pronomes pessoais de segunda pessoa, com as variantes “tu/você”. Observandoo paradigma pronominal do português brasileiro, consoante os estudos descritivos baseados no uso e a tradição da gramática normativa, constatamos que os pronomes “tu” e “você” não são adequadamente retratados na segunda, não sendo explicitado o caráter de pronome pessoal de “você” e as variações na realização de concordância verbal com o pronome “tu”. A partir da perspectiva da sociolinguística variacionista, à luz dos conhecimentos adquiridos no PROFLETRAS, buscamos desenvolver um trabalho sobre o ensino de gramática com o objetivo de propor maneiras de abordagem da variação na segunda pessoa dos pronomes pessoais do português, na turma do 7º ano A da Escola Estadual Jacintho de Figueiredo Martins, em Aracaju/SE, considerando aspectos morfossintáticos e pragmáticos, sem incorrer em preconceito.Nosso trabalho está embasado nos pressupostos metodológicos da teoria da Variação Linguística (LABOV, 2008 [1972]), na concepção de língua defendida por Cunha e Tavares (2016) e na gramática de Neves (1994) e Castilho (2012), assim como na proposta de ensino de gramática defendida por Vieira (2017). Outrossim, nos fundamentamos nos estudos sobre pronome de Benveniste (1995) e Brown e Gilman (1960). Nos orientamos também pelos direcionamentos dados ao ensino nos documentos oficiais, os (PCNs,1998), o Referencial Curricular do Estado de Sergipe (2011) e a BNCC (2017). A partir de pesquisa observacional descritiva e dos pressupostos metodológicos da teoria da Variação Linguística, inicialmente realizamos um estudo sobre a percepção dos estudantes sobre a variação nos pronomes pessoais de segunda pessoa, a partir de situações de fala e escrita, considerando aspectos sociais e pragmáticos. A partir de um instrumento de coleta de dados para verificar a adequação de escolhas pronominais, e de entrevistas individuais realizadas com os estudantes, identificamos a sensibilidade dos alunos aos perfis sociolinguísticos da comunidade, como o não uso no dia a dia do pronome de 2ª pessoa “tu”, assim como, quando solicitados em atividades escolares, o emprego do pronome “tu” seguido do verbo sem a marca de segunda pessoa. Estes resultados subsidiam a proposta de desenvolvimento de um conjuntode atividades para o tratamento da variação linguística em sala de aula, que culminará em um caderno pedagógico para o ensino de pronomes pessoais, considerando a variação “tu/você”, sem incorrer em preconceito linguístico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1505794 - RAQUEL MEISTER KO FREITAG
Interno - 1490267 - SANDRO MARCIO DRUMOND ALVES MARENGO
Externo à Instituição - SILVIA VIEIRA RODRIGUES

Notícia cadastrada em: 14/03/2019 10:22
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