Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TATIANA CÍNTIA DA SILVA
DATA: 15/02/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Sessão remota Ei-lo: meet.google.com/daz-jhkr-ywf
TÍTULO: A AUTOFICÇÃO E O REGIONALISMO FANTÁSTICO EM SERTANÍLIAS: ROMANCE DE CAVALARIA, DE ELOMAR FIGUEIRA MELLO
PALAVRAS-CHAVES: Regionalismo Fantástico. Romance de Cavalaria. Sertão Profundo. Textamento literário. Autoficçção elomariana.
PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literatura Brasileira
RESUMO:
A presente tese tem como proposta adentrar no espaço ficcional do livro Sertanílias: Romance de Cavalaria (2008), do escritor Elomar Figueira Mello. Faremos incursões pelo regionalismo fantástico que, a priori, dialoga com a honraria dos cavaleiros medievais para, a posteriori, edificar ainda mais o constructo da memória de um sertão entre o físico e o fictício pelas trilhas do insólito e, a partir dessas duas linhas, comprovaremos ser o livro uma espécie de “textamento” literário do autor, hoje com 86 anos. Para evidenciar tal afirmativa, analisaremos vários processos sempre feitos por Elomar e algumas inovações empregadas no romance. Além de assinalarmos os pontos de contato e afastamento entre a literatura medieval e a sertaneja pela perspectiva dos estudos comparados e da transtextualidade, também evidenciaremos o memorialismo regional, que fora (re)construído por Figueira Mello, por uma espécie de procedimento metodológico autoficcional e metafictício inusitado por ele erigido. Para melhor compreender esses recursos, iremos nos valer da análise de personagens que habitam esse espaço, como o vaqueiro Sertano, Russo Pombo, a Grande Cobra, o veado branco e tantas outras figuras que convivem no imaginário do Sertão Profundo, o qual se alinha ora à realidade mítica do super-regionalismo ora ao nativismo pitoresco sem limitações espaço-temporais sempre apresentados pela autoficção elomariana. Outra particularidade do texto que também iremos pormenorizar é a caracterização multifacetada da obra que se coloca como Novela de Cavalaria, mas é uma narrativa sertaneja em que o narrador/personagem homônimo responde a perguntas de jornalistas em um jogo de cenas entre Elomar e o protagonista como o lance de uma câmera em um roteiro de cinema. Para os entornos destacados, trabalharemos com teóricos e pesquisadores que se aliem às áreas propostas e fortuna crítica específica, a mencionar Albuquerque (2011, 2013); Bakhtin (2010, 2011, 2013); Candido (1985, 2017); Cascudo (1984, 2012); Chiampi (2015); Faedrich (2014); Galvão (1986); Genette (2006); Guerreiro (2007); Hutcheon (1991) Le Goff (1994, 2006); Moisés (1983); Nitrini (2015); Noronha (2014); Paes (2016); Perrone-Moisés (1993, 2016); Ricoeur (2014); Roas (2014); Rossoni (2009. 2012) e Todorov (2014).