Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALYNE FONTES RODRIGUES DE MELO
DATA: 21/02/2018
HORA: 13:00
LOCAL: Sala 02 da Didática VI
TÍTULO: Tolerância ao déficit hídrico em plântulas de tamboril propagadas através de sementes hidrocondicionadas para projetos de restauração da Caatinga
PALAVRAS-CHAVES: memória hídrica, germinação, ecofisiologia foliar, déficit hídrico, restauração ecológica.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia de Ecossistemas
RESUMO:
O processo de embebição das sementes da Caatinga não ocorre de forma contínua devido à escassez e irregularidade das chuvas, além das altas temperaturas. Porém, essa hidratação descontínua pode favorecer a germinação e sobrevivência das plântulas nesse ambiente. Este trabalho avaliou o efeito do hidrocondicionamento de sementes sobre a germinação, crescimento e parâmetros ecofisiológicos de plantas sob déficit hídrico. Após passar pelo processo de superação de dormência tegumentar com a imersão em ácido sulfúrico por 60 minutos, as sementes de tamboril [Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong (Fabaceae)] foram submetidas a 0, 1, 2 e 3 ciclos de hidratação e desidratação (HD) e colocadas para germinar, dando origem a plântulas que, após o período de aclimatação de 15 dias, foram submetidas a intervalos de suspensão de rega de sete (E7) e quatorze dias (E14), tendo seu crescimento em altura e diâmetro e número de folhas avaliados semanalmente. Quinzenalmente foi realizada a coleta de uma folha para análise dos parâmetros ecofisiológicos, como teor relativo de água (TRA), acúmulo de solutos (carboidratos, proteína e prolina) e concentração de pigmentos fotossintéticos. O potencial hídrico foliar foi medido aos 45 dias e ao final do experimento, que correspondeu a 75 dias. A germinação foi favorecida pelo hidrocondicionamento com um e dois ciclos HD, cujas sementes apresentaram maior velocidade, sincronia e menor tempo para germinar. A altura das plantas submetidas a 2C foi maior que as plântulas do tratamento controle. Apesar de, em situação de estresse hídrico, não ter havido diferença no crescimento, a passagem pelos ciclos HD conferiu algum tipo de vantagem que se propaga da semente até a fase seguinte. A espécie demonstrou de uma forma geral capacidade de tolerância ao déficit hídrico, ajustando-se osmoticamente, reduzindo potencial e, assim, manteve o turgor das células. Em especial, as plantas 3C conseguiram, durante todo o experimento, manter o TRA das plantas estressadas igual às plantas controle através do acúmulo dos solutos osmoprotetores. O presente estudo confirmou que o hidrocondicionamento das sementes favorece a germinação e o desenvolvimento inicial das plântulas de tamboril e pode ser utilizado como tratamento pré-germinativo para utilização da espécie em projetos de restauração da Caatinga.