Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VANESSA GRACIELA SOUZA CAMPOS
DATA: 28/03/2017
HORA: 13:00
LOCAL: Sala de Estudos do NPGECIMA
TÍTULO: MATEMÁTICA E COTIDIANO: PROCESSOS METACOGNITIVOS CONSTRUÍDOS POR ESTUDANTES DA EJA PARA RESOLVER PROBLEMAS MATEMÁTICOS
PALAVRAS-CHAVES: Ensino de Matemática na EJA. Resolução de Problemas Matemáticos. Metacognição. Relação com o Saber.
PÁGINAS: 151
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
Este estudo objetivou desvelar quais estratégias metacognitivas são construídas por estudantes da EJA, em fase de letramento, ao resolver problemas matemáticos e de que maneira o diálogo entre essas estratégias interfere no seu desempenho escolar. Para tanto, a pesquisa foi realizada por meio de uma intervenção pedagógica em uma turma, cuja instituição de ensino pertence ao Sistema S, compondo-se de onze participantes. A abordagem metodológica deste estudo consiste no tipo pesquisa-ação organizada nas seguintes etapas: observação, entrevistas, aplicação de questionários, aplicação de sequências didáticas e elaboração de diário de campo para coleta e análise dos dados obtidos. A incursão bibliográfica reporta-se em autores como Flavell, Miller e Miller (1999); Ludovico et al (2001); Portilho (2011); Locatelli (2014); Silva (2009); Souza (2009); Charlot (2000, 2005, 2013); Freire (2015); Dante (2010) que subsidiaram as interpretações dos fenômenos didáticos ocorridos em sala de aula, sob a ótica de quatro categorias: Matemática na EJA, Resolução de Problemas Matemáticos, Metacognição e Relação com o Saber. A análise dos dados permitiu dessumir incidências mútuas entre o conceito de Metacognição e a teoria da Relação com o Saber, uma vez que ambos conceitos abordam o olhar do sujeito sobre si próprio e sobre o saber. Ou seja, a compreensão dos processos metacognitivos favorece a aprendizagem dos alunos, ao se sentirem capazes de perceber o que sabem e como aprendem, tanto de forma individual como coletiva em sala de aula. Para tanto, percebeu-se que a resolução de problemas matemáticos apresenta-se como metodologia favorável a esse processo, instigando os sujeitos a pensarem sobre seu próprio raciocínio enquanto estão trabalhando as atividades propostas nas aulas. Notou-se também que as dimensões social e identitária dos sujeitos pesquisados, na sua relação com o saber, permeiam toda a conjuntura do olhar para si e para os demais colegas durante a resolução das tarefas propostas: pensar no porquê de suas dificuldades e/ou habilidades; admitir-se enquanto sujeito singular e social; fazer comparativos consigo e com os demais colegas; lidar com sua individualidade e, ao mesmo tempo, permitir a troca de conhecimentos.