Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HÉLIO MAGNO NASCIMENTO DOS SANTOS
DATA: 29/04/2015
HORA: 14:00
LOCAL: DIDÁTICA VI SALA 04
TÍTULO: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO NACIONAL E A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: contrastando duas realidades a partir do ensino de ciências.
PALAVRAS-CHAVES: Educação Escolar Indígena, Avaliação Educacional, Indicadores Educacionais, Ensino de Ciências.
PÁGINAS: 145
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
Esta pesquisa aborda os indicadores de qualidade educacionais com foco na modalidade educacional indígena. Desse modo, a problemática da pesquisa é a relação entre os índices de qualidade da educação nacional e da educação escolar ofertada aos indígenas, buscando neste contexto, produzir elementos para refletir sobre o ensino de Ciências Naturais. O objetivo geral da pesquisa é desvelar a relação entre os dados de qualidade da educação nacional e a educação indígena, como forma de contribuir para a reflexão da pertinência (ou não) da proposição de testes de desempenho escolar que contemplem, de maneira especial, as Ciências Naturais na Educação Escolar Indígena (EEI). A metodologia aplicada tem uma abordagem qualitativo-quantitativa – teórica bibliográfica com predominância do enfoque qualitativo. A coleta dos dados foi feita através da leitura e análise de produções acadêmicas e documentos oficiais que abordam especificamente os indicadores de qualidade da Educação nacional e a EEI e também por meio da aplicação de questionário aberto, realizado junto às secretarias estaduais de educação de todos os estados da federação. Inicialmente abordamos o sistema de avaliação brasileiro, discutindo as principais estatísticas educacionais no Brasil. Procuramos abordar, no segundo momento, a organização do sistema de ensino do país, suas modalidades e os indicadores de qualidade educacional com ênfase à EEI. Dentre os indicadores de qualidade educacional que contemplam a avaliação da EEI, foram discutidos os seguintes: a matrícula, a formação dos professores, os estabelecimentos de ensino, os recursos didáticos específicos para as escolas indígenas e o desempenho escolar nas avaliações externas. Posteriormente, abordamos a realidade de duas escolas indígenas, uma situada no estado de Mato Grosso, escolhida em razão de pesquisas que já foram realizadas nesta instituição durante o período de doutorado da orientadora deste trabalho; a outra escola, situada em Sergipe, sendo escolhida por ser a única desta modalidade no estado e devido à realização de atividades do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) na escola. Tais atividades são desenvolvidas pelas alunas da UFS, bolsistas do PIBID. A partir dos resultados, percebe-se que a EEI é instituída em todo o país, com exceção do Distrito Federal. Por fim, apresentamos dados acerca do ensino de ciências naturais nessa modalidade de ensino, através das duas escolas indígenas supracitadas. Nessa última etapa, procuramos desvelar, a partir de documentos oficiais e das publicações dos integrantes do “Grupo de estudo ensino de ciências, diversidade e ambiente”, alguns índices de qualidade educacional. Nas considerações finais, analisamos os itens citados, ressaltando a percepção de que, ao longo das duas últimas décadas, avanços significativos foram alcançados pelos povos indígenas; contudo, de acordo com os estudos realizados, percebe-se que ainda há muito que fazer para a promoção e garantia de uma EEI de qualidade.