Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DYEGO CARLOS SOUZA ANACLETO DE ARAÚJO
DATA: 14/12/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório da Didática 2
TÍTULO: Avaliação do ensino de Habilidades de Comunicação na Educação Farmacêutica
PALAVRAS-CHAVES: : Ensino Farmacêutico; Comunicação; Língua de Sinais; Metodologia de ensino
PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:
Introdução. Nos últimos anos, o papel do farmacêutico no cuidado ao paciente tem suscitado o desenvolvimento de competências e habilidades clínicas, dentre as quais a comunicação. No entanto, há poucos estudos sobre a inserção de habilidades de comunicação na formação do farmacêutico. Objetivo. Avaliar o ensino de habilidades de comunicação na educação farmacêutica. Metodologia. O estudo foi realizado em duas etapas: a primeira etapa consistiu em um estudo descritivo, transversal, realizado entre os meses de março a junho de 2017, por meio de uma análise documental de matrizes curriculares de cursos de graduação em Farmácia. O levantamento do número de Instituições de Ensino Superior (IES) foi realizado em janeiro de 2017 por meio do site http://emec.mec.gov.br/, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Foram selecionados por conveniência apenas os cursos de graduação em Farmácia de IES públicas, cuja matriz curricular estivesse disponível online. As variáveis coletadas foram relacionadas à identificação da disciplina, como denominação, natureza (optativa ou obrigatória), carga horária, semestre letivo e conteúdo; a segunda etapa consistiu em uma revisão sistemática da literatura para identificar objetivos de aprendizagem e metodologias de ensino e avaliação de habilidades de comunicação utilizadas no processo de formação de farmacêuticos. Para tanto, uma busca foi realizada nas bases de dados: Embase/PubMed, LILACS, Scopus, Web of Science e ERIC, utilizando os descritores (teaching OR assessment) AND (communication) AND (students, pharmacy). Resultados. Dentre os 68 cursos de graduação em Farmácia de IES públicas, 47 possuíam matrizes curriculares disponíveis online. O ensino de comunicação em saúde foi identificado em 59 disciplinas de 32 (68%) matrizes curriculares. Cinco disciplinas (8,47%) se destinavam especificamente ao ensino de habilidades de comunicação, enquanto que a maioria (91,53%) continha conteúdos relacionados a esta temática. A maioria das disciplinas (31; 52,54%) pertencia ao campo das Ciências Sociais, Comportamentais e Administrativas, enquanto que 28 (47,45%) pertenciam às Ciências Clínicas. Os principais conteúdos presentes nas ementas estão relacionados à comunicação interprofissional (39%) e comunicação com pacientes e familiares (39%). O ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi identificado em 20 matrizes curriculares (41,6%). As disciplinas para o ensino de Libras eram em sua maioria eletivas (95%), sem período específico para curso (85%) e com carga horária maior ou igual à 60 horas (60%). Os principais conteúdos identificados estavam relacionados aos aspectos clínicos, educacionais e sócio antropológicos da surdez. Na Revisão Sistemática, dentre os 531 artigos identificados, 28 atenderam aos critérios de inclusão e estão na fase de extração de dados. Conclusão: Os dados preliminares desta dissertação possibilitaram identificar lacunas quanto à inserção do ensino de comunicação em saúde e da língua de sinais nos cursos de graduação em Farmácia no Brasil.