Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DAYSE MARY PEREIRA GUIMARAES
DATA: 27/03/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de aulas do PROSS
TÍTULO: A IMPLEMENTAÇÃO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL DURANTE A PANDEMIA DE COVID 19: Reflexos na População Vulnerável de Aracaju
PALAVRAS-CHAVES: Auxílio Emergencial. Assistência Social. Pandemia de Covid 19. Neoliberalismo
PÁGINAS: 81
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO:
O presente estudo objetivou identificar a efetividade do auxílio emergencial como política social implementada pelo Governo Federal durante a pandemia de Covid-19 e seus reflexos na população vulnerável de Aracaju.Tratou-se de estudo realizado com base no método materialismo histórico. Considera-se necessário refletir a crise sanitária de Covid-19 a partir da crítica da crise capitalista e das expropriações deste modo de produção. Para tanto, foi imprescindível uma investigação teórica, que se deu através de revisão bibliográfica, cujo objetivo foi o de fundamentar o debate que se desenha ao longo desta pesquisa, isto é, trazendo as bases históricas da ordem capitalista e contextualizando o cenário de crises econômica, social e ambiental.Foram analisados também indicadores sociais da cidade de Aracaju provenientes do CadÚnico comparando-se dados de 2019 e 2022. A pandemia do novo Coronavírus evidenciou ainda mais as desigualdades que assolam o Brasil desde a sua tardia inserção no capitalismo, de modo que as expressões da “questão social” tornaram-se tanto mais apuradas quanto mais aprofundadas. Partimos do pressuposto de que a crise estrutural do capital contribui para o aumento dessas pandemias. O desmantelamento dos sistemas de proteção social e trabalho, impulsionado pela lógica de maximização e priorização dos lucros em detrimento das necessidades humanas e do meio ambiente, enfraquece a capacidade de resposta dos sistemas de saúde e torna os trabalhadores mais vulneráveis a condições precárias de trabalho e desproteção social. As políticas sociais que representam o Estado no gerenciamento da pobreza buscam amenizá-la por meio de programas focalizados e emergenciais, porém sem alterar as estruturas sociais. Os resultados da pesquisa indicam que a implementação e execução do Auxílio Emergencial priorizou interesses políticos e não contribuiu para o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Na comparação dos indicadores sociais antes e depois da pandemia de Covid-19 foi possível aferir que a renda média familiar local vem caindo desde 2019, especialmente para pardos e negros, cuja renda se manteve ainda mais baixa no período da pesquisa. O Auxílio Emergencial, embora incipiente, foi uma ferramenta importante. Sem ele, a desigualdade e a pobreza teriam levado à morte um número ainda maior de pessoas. Todavia, a estruturação do programa emergencial não se alinhou com a realidade brasileira, especialmente devido à predominância dos meios digitais que foram utilizados para administrar o benefício.