Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉ LUIZ TELES RAMOS
DATA: 06/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFS
TÍTULO: BEM VIVER XOKÓ: UMA ANÁLISE SOBRE O SUCESSO DE LIDERANÇA NA TERRA INDÍGENA CAIÇARA
PALAVRAS-CHAVES: Xokós; Bem Viver; Desenvolvimento; Comunidade.
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO:
A presente pesquisa surge da questão norteadora de entender, “como os Xokós da Terra Indígena Caiçara se desenvolvem a partir da sua própria dinâmica cultural? O que se problematiza, aqui, é que de fato, os Povos Indígenas também querem se desenvolver, mas a partir dos seus próprios parâmetros culturais. Em respeito a essas especificidades, utiliza-se a categoria do Bem Viver para analisar como os Xokós se desenvolvem a partir da sua própria dinâmica cultural, de modo que isso nos permita: discutir a partir da perspectiva teórico-conceitual o sentido do Bem Viver Xokó por meio da literatura; explanar a matriz comunitária do Bem Viver através da sucessão de liderança na Caiçara e trazer contribuições sobre o que se entende como Bem Viver Xokó. Essa investigação foi realizada a partir da pesquisa bibliográfica, por meio da abordagem qualitativa, com método indutivo e, posteriormente, utilizando o método comparativo para expandir o alcance dos dados, sendo analisados pelo método de interpretação de sentidos e interpretados pela proposta hermenêutica-dialética, com suporte da literatura especializada. As leituras que fundamentam o trabalho pautam-se na interdisciplinaridade entre os autores da libertação (Martin Baró e Paulo Freire), dos estudos decoloniais (Aníbal Quijano) e autores indígenas (Ailton Krenak, Gersem Baniwa). Através desta pesquisa, foi possível entender que o desenvolvimento dos Xokós sofre influência da compreensão das respostas que a etnia tem dado frente às necessidades históricas de recuperação da sua cultura e, no que compete à sucessão de liderança, a participação comunitária, pensada dentro da concepção de ancestralidade, tem uma importância fundamental na sobrevivência da etnia para além do tempo presente.