Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELE MACHADO REINHEIMER
DATA: 03/02/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 26 da Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
TÍTULO: Espaço aéreo faríngeo, crescimento craniofacial e frequências dos formantes em adultos com deficiência genética e isolada do hormônio do crescimento
PALAVRAS-CHAVES: Hormônio do crescimento, nanismo, cefalometria
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO:
Introdução: Em 1999, uma mutação autossômica recessiva no gene do receptor do hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH-R) foi identificada entre os habitantes da cidade de Itabaianinha, Sergipe, Nordeste do Brasil, levando a uma condição conhecida como Deficiência Isolada do Hormônio de Crescimento (DIGH). A DIGH isolada e vitalícia de Itabaianinha se constitui num modelo de estudo primordial para a compreensão das consequências da deficiência do hormônio de crescimento (GH). Objetivos: Avaliar o espaço aéreo faríngeo dos indivíduos com DIGH e sua correlação com o crescimento craniofacial e frequências dos formantes. Metodologia: Estudo transversal realizado com 9 indivíduos adultos, não-tratados, com DIGH. O espaço aéreo faríngeo e as medidas de crescimento craniofacial foram avaliados através de análise cefalométrica. A análise acústica incluiu medidas de frequência fundamental e das três primeiras formantes das sete vogais orais do Português Brasileiro. Resultados: Não foram encontradas diferenças nas medidas de espaço aéreo entre os indivíduos com DIGH e os controles. As medidas de espaço aéreo foram fracamente influenciadas pelas medidas cefalométricas. Nossos resultados mostraram correlações negativas, fortes, entre as duas primeiras formantes (F1 e F2) e a maioria das medidas lineares, incluindo Ar-Go, Co-Gn, S-Go, ENA-Me e S-N. Entretanto, F1 e F2 mostraram correlações positivas, fortes, com FMA e Ar-Go-Me. Não foram encontradas correlações entre o espaço aéreo faríngeo superior, frequência fundamental e as três primeiras formantes (F1, F2, F3). Uma correlação negativa foi encontrada entre o espaço aéreo faríngeo inferior e F1 [a]. Conclusão: Nossos achados podem indicar que o espaço aéreo faríngeo nos indivíduos com DIGH é menos dependente do eixo GH-IGF-1 do que o crescimento ósseo longitudinal. Além disso, sugere-se que os altos valores das frequências dos formantes na deficiência de GH podem estar relacionados à rotação posterior da mandíbula, ao deslocamento posterior da língua e ao encurtamento do trato vocal.