Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUELI SILVA DE CARVALHO
DATA: 27/07/2012
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de aula do prédio de Patologia do Departamento de Medicina-Hospital Universitário
TÍTULO:
Avaliação da viabilidade de Leishmania (L.) chagasi a espécies reativas do oxigênio. Sergipe
L.(L.) chagasi, Leishmaniose visceral, Viabilidade, menadiona.
As leishmanioses são doenças infeciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania, parasitas intracelulares do sistema mononuclear fagocítico do hospedeiro. A infecção de macrófagos por Leishmania leva à ativação dessas células, desencadeando a eliminação ou a inibição do crescimento do patógeno com produção de moléculas tóxicas, como as espécies reativas de oxigênio (ROS) e de nitrogênio (RNI). A exposição a RNI e ROS de diferentes espécies de Leishmania in vitro resulta em perda de suas viabilidades. Essa toxicidade tem sido documentada também em macrófagos murinos e humanos infectados com L. (L.) chagasi. Neste trabalho objetivamos avaliar in vitro a atividade leishmanicida da menadiona (um derivado da vitamina K, doador de ânion superóxido e de peróxido de hidrogênio) sobre isolados de L.(L.) chagasi, bem como a infectividade dos parasitos com fenótipos de susceptibilidade e resistência à menadiona em uma linhagem de macrófagos murinos J774. Dez isolados de L. (L.) chagasi (em fase de crescimento), obtidos de pacientes com leishmaniose visceral de Sergipe, foram expostos a concentrações crescentes de menadiona (0-750µM). Para avaliar a infectividade dos isolados de L. (L.) chagasi com fenótipos de susceptibilidade e resistência à menadiona (em fase estacionária de crescimento), promastigotas desse parasito foram adicionadas a culturas de células J774 por 24, 48 e 72 horas em placas LabTek. As placas foram coradas com Panótipo e o índice de parasitário foi determinado pelo produto da percentagem de macrófagos infectados multiplicado pelo número de amastigotes/100 macrófagos. A exposição de promastigotas de L. (L.) chagasi a 750μM menadiona resultou na perda de viabilidade de 70% deles. Metade dos isolados testados apresentou perda de 50% de viabilidade a 500μM de menadiona. A susceptibilidade e a resistência a menadiona dos isolados LVHSE 23, 49 e 60 foram reproduzidas na infecção de macrófagos J774, quando se avalia seus índices parasitários no tempo de 72 horas de infecção. Em conclusão podemos afirmar que L (L.) chagasi naturalmente resistente a menadiona sobrevive melhor a ação de ROS em macrófagos murinos J774 do que as formas susceptíveis a esse agente leishmanicida.