Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IVANNA OLIVEIRA LEAL
DATA: 25/02/2013
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do COREN-SE
TÍTULO:
CARACTERIZAÇÃO DA FARINGOTONSILITE AGUDA POR Streptococcus β-HEMOLÍTICOS DOS GRUPOS A E NÃO A.
Palavras-chaves:Faringotonsilite, Streptococcus β-hemolíticos, citocinas.
As faringotonsilites (FT) agudas são frequentes na população pediátrica. Estima-se que mais de 50% das FT são virais, e dentre as bacterianas, o agente mais isolado é o estreptococo β-hemolítico do Grupo A, embora os estreptococos β-hemolíticos dos Grupos B, C, F e G também possam causá-la, principalmente os Streptococcus do grupo C (SGC) e os Streptococcus do grupo G (SGG), relatados como “pyogenes-like” por compartilharem fatores de virulência importantes como hemolisinas, enzimas extracelulares e proteínas M, assim como o SGA. Este estudo pretendeu caracterizar a faringotonsilite por Streptococcus β-hemolíticos dos grupos A e não A, em três etapas: microbiológica, sorológica (citocinas séricas TNF-α, IL-6, IL-4, IL-10) e distribuição espacial dos eventos. Na faixa etária sintomática estudada, de 05-09 anos, a média de idade foi 5.93 anos (DP ± 1.69), com maior incidência no gênero feminino com 69.76 %. As FTs por Streptococcus β-hemolíticos dos Grupos A, B e C apresentaram uma incidência representativa, abrangendo 17.75% da amostra. Revelaram similaridade na ocorrência dos sinais e sintomas, embora os SGA e SGC tenham apresentado uma maior incidência de exsudato tonsilar. Em relação à reposta imune, os níveis das citocinas não apresentaram diferença estatística significante entre os grupos, exceto o SGA que a apresentou em relação ao grupo controle no tocante a IL-6, com 24,13 ± 12.22 pg/ml e 0.91 ± 0.68 pg/ml (p=0.0016), respectivamente. Entretanto, os grupos SGA e SGC apresentaram médias dos níveis de citocinas (pró-inflamatória e anti-inflamatória) mais elevadas em relação ao grupo B e ao grupo controle, sugerindo padrões imunológicos semelhantes entre estes dois grupos. Tal semelhança, nestas condições, poderia ser atribuída ao compartilhamento de fatores de virulência como a proteína M e a estreptolisina O.Os SGB, até então vinculado a doenças neonatais e puerperais, encontrados nesta pesquisa, sugere que este grupo pode causar FT em crianças em idade escolar na mesma proporção que o SGA, embora com resposta imunológica e clínica menos agressivas que o SGA e SGC. Em relação a última etapa, as ocorrências dos casos de FT por Streptococcus β-hemolíticos foram georreferenciados e distribuídos espacialmente no município de Aracaju-SE, traçando um panoroma de distribuição dos casos.