Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIZ ANTONIO PACHECO DE QUEIROZ
DATA: 21/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO: Paisagens garimpeiras da Chapada Velha
PALAVRAS-CHAVES: Arqueologia da Mineração. Materialidade. Paisagem da Mineração. Garimpos da Chapada Velha, Bahia. Formação Territorial.
PÁGINAS: 488
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Arqueologia
SUBÁREA: Arqueologia Histórica
RESUMO:
O estudo é focado na materialidade da mineração e discute a formação territorial da Chapada Velha a partir das perspectivas de habitantes de Gentio do Ouro e XiqueXique, municípios do centro-norte do estado da Bahia. O argumento principal enfatiza a relevância dos garimpos para a história local, levando em conta as lógicas tradicionais do desenvolvimento da atividade mineradora mesmo diante da sujeição da produção para o abastecimento do mercado de bens de consumo mundial. A materialidade é pensada com base na reciprocidade da existência de coisas e humanos, elementar para compreender como a sociedade e mineração formam uma à outra. É um princípio presente na compreensão do território, cujos significados discutidos através da territorialidade permitem tratar da percepção que os habitantes locais têm da materialidade dos garimpos, caminhos e povoados da Chapada Velha. O intervalo de tempo analisado entre as primeiras décadas do século XX e o período contemporâneo é inerente aos pontos de vista dos interlocutores, principalmente garimpeiras(os). A maioria das fontes foi produzida através das pesquisas da arqueologia preventiva e etnografia arqueológica desenvolvida na área estudada. Também foram examinadas informações de romancistas, memorialistas e pesquisadores das ciências humanas, que produziram visões de dentro e de fora das Lavras Diamantinas, porém com raras menções à Chapada Velha. A ausência de estudos sobre aquele território junto aos estereótipos em que se baseiam as metanarrativas levam à invisibilidade da paisagem da mineração. A fundamental constatação da exitosa garimpagem do carbonado, diamante e quartzo surge ao confrontar o registro arqueológico com o que os habitantes locais pensam sobre a mineração na Chapada Velha. Um renovado olhar é proposto para pensar na história da mineração, tendo como novidade o amplo campo aberto com o estudo da materialidade que foi negligenciada pela maioria dos estudiosos.