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Banca de DEFESA: JULIANA RIBEIRO CARVALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA RIBEIRO CARVALHO
DATA: 15/02/2019
HORA: 14:00
LOCAL: A DEFINIR
TÍTULO: O ESPAÇO EM UM CORAÇÃO APERTADO, ROMANCE DE MARIE NDIAYE
PALAVRAS-CHAVES: Espaço literário; Coração apertado; Marie NDiaye
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literaturas Estrangeiras Modernas
RESUMO:

Analisamos neste trabalho o romance Coração apertado (2010), da escritora francesa Marie NDiaye, sob a perspectiva da categoria espaço, no que tange a sua acepção no texto literário. Nele temos narrada, em primeira pessoa, a conturbada história de Nadia, francesa filha de imigrantes, que decide abandonar a periferia em que habitam seus familiares e antigos amigos para inserir-se no cenário do centro da cidade de Bordeaux, onde ela casa com um “verdadeiro francês” e passa a viver o contexto da elite bordalesa. O seu deslocamento no espaço se efetiva também como uma reconfiguração do tempo, visto que a personagem nega e deixa para trás o seu passado. O que acontece, porém, é que repentinamente tudo começa a mudar e a sua nova realidade surge fugaz, ameaçadora e monstruosa. A noção de espaço é nitidamente presente no livro, desde o seu título, e uma das perguntas que para nós ecoa durante toda a leitura é: de que modo os espaços são ocupados pelo indivíduo contemporâneo? Identidades distintas são, de fato, alvos de aceitação? Debruçamo-nos, portanto, nos aspectos espaciais presentes no texto, a fim de compreendermos como eles se efetivam na narrativa, assim como objetivamos compreender algumas facetas que compõem o perfil do sujeito contemporâneo. Tomamos por base os estudos de Luís Alberto Brandão (2013) a respeito do espaço literário e estabelecemos um percurso de análise do livro que, de certo modo, segue a trajetória experimentada pela protagonista do romance. Inclinamo-nos, portanto, inicialmente sobre o espaço da casa em que ela habita; em seguida analisamos o seu percurso pela cidade de Bordeaux; depois nos dedicamos à compreensão do espaço corpo e, por fim, voltamos o nosso olhar para o espaço da linguagem, que permeia todos os outros. No decurso desta análise, fundamentamo-nos, dentre outros, em estudos de Bachelard (1998), Barthes (1993), Certeau (1998), os quais nos possibilitam uma maior compreensão e algumas discussões a respeito dos espaços da casa e da cidade; em Freud (1919), Deleuze e Guattari (1996) e Kristeva que nos propiciam uma reflexão a respeito do ser estranho/estrangeiro e Hall (2005), cujas pesquisas sobre identidade são relevantes para a nossa análise; e José Luiz Fiorin (1996), a partir do qual nos fundamentamos para desenvolvermos a reflexão sobre o espaço da linguagem. Este estudo nos permitirá considerações sobre o papel exercido pela categoria espaço-temporal na literatura contemporânea, enquanto não somente pano de fundo, mas, inclusive, como personagem e agente de significações, e também nos possibilitará uma percepção de como esta categoria pode contribuir para a constituição desmascaramento do sujeito contemporâneo, deslocado e formado a partir de diversas identificações.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1281971 - ALBERTO ROIPHE BRUNO
Presidente - 1324306 - JOSALBA FABIANA DOS SANTOS
Externo à Instituição - JULIO CESAR JEHA

Notícia cadastrada em: 28/11/2018 12:00
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