Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA MORGANA SANTOS SANTANA
DATA: 29/08/2018
HORA: 08:30
LOCAL: sala de aula Prof. Jose Alexandre Felizola Diniz
TÍTULO: A
MOBILIDADE DO TRABALHO EM COMUNIDADE CAMPONESA DO
MOVIMENTO DOS PEQUENOS AGRICULTORES (MPA) NO ALTO SERTÃO
SERGIPANO
PALAVRAS-CHAVES: Estado, Capital, Campesinato, MPA, Mobilidade do Trabalho.
PÁGINAS: 138
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:
As transformações resultantes do ápice do capital engendraram um processosimultâneo da materialização da riqueza/pobreza no campo, em que produzconcomitantemente a expropriação e a mobilidade do trabalho dos sujeitos oriundos daterra, nessa direção a presente dissertação de mestrado tem como objetivo analisar amobilidade do trabalho diante do processo de subordinação/resistência dos camponesesem meio a lógica do agronegócio do milho no Alto Sertão Sergipano, maisespecificamente na comunidade camponesa do Garrote do Emiliano que faz parte doMovimento dos Pequenos Agricultores (MPA). A pobreza, a expropriação e amobilidade do trabalho são mazelas sociais que foram intensificadas no campobrasileiro após a década de 1990, sobretudo, por meio da ação do Estado funcional areprodução do capital. A presente dissertação está ancorada no materialismo históricodialético, vez que este método permite analisar o espaço a partir das contradições.Foram feitas leituras bibliográficas de autores que abordam a temática – especialmentegeógrafos, sociólogos, e historiadores – que possuem uma visão dialética de mundofundamentada na totalidade das relações sociais historicamente estabelecidas, comotambém foram realizados trabalhos de campo na comunidade estudada. Os resultadosdessa pesquisa revelam que o camponês é posto na qualidade de trabalhador móvel pelocapital, garantindo desta forma a intensificação da extração de mais-valor. Diante dessasituação, a mobilidade do trabalho se expande, conduzindo camponeses da comunidadedo MPA a um movimento sazonal que os leva para os estados de São Paulo e Goiás. Aoutra face desse processo se expressa nos camponeses que permanecem na terra e sãoinseridos na lógica de acumulação do capital por outros mecanismos de subordinaçãodo trabalho e da produção camponesa, como ocorre na comunidade Garrote doEmiliano. Por um bom tempo estas famílias usaram o crédito proveniente de políticaspúblicas para se sustentar, mas em contrapartida comprometem sua autonomiacamponesa por serem forçados pelas regras dos contratos dos empréstimos a seadequarem ao pacote que atende aos interesses do agronegócio, e do grande capital.