Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYANE RABELO FERRAZ VIANA
DATA: 13/02/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Colégio de Aplicação
TÍTULO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA E DIALOGICIDADE: POSSIBILIDADES E LIMITES PARA A EMANCIPAÇÃO DO SUJEITO SOCIAL
PALAVRAS-CHAVES: Crise civilizatória. Educação Ambiental Crítica. Dialogicidade. Ação Comunicativa. Emancipação.
PÁGINAS: 49
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:
As transformações impulsionadas pela Revolução Técnico-Científico-Informacional foram intensificadas progressivamente, instaurando uma civilização na qual tanto os que dominam quanto os que são dominados contribuem para a acentuação de desequilíbrios ambientais que afetam os mundos de vida, pondo em risco a continuidade da vida no planeta. Diante dessa complexidade, a crise civilizatória retrata uma crise das pessoas nos ambientes, sendo preponderante refletir acerca da racionalidade ambiental e dos paradigmas que, por um lado, legitimam o crescimento econômico e, por outro lado, negam a natureza. Nesse contexto, a Educação Ambiental (EA) emerge e se estrutura a partir da necessidade humana de adotar uma visão de mundo associada a uma prática social capaz de minimizar os impactos socioambientais. Perpassando pelas concepções conservadora e pragmática, a EA crítica vislumbra que a transformação da sociedade é causa e consequência da transformação de cada indivíduo. Nessa dimensão, docente e discente são atores sociais que protagonizam os processos de transformação social e se transformam dentro de uma relação dialógica pautada na práxis educativa. Nessa via, inúmeros autores reforçam a necessidade de um processo de formação permanente nas escolas para uma EA crítica. Nesse modelo, educador e educando devem tomar um distanciamento das suas crenças em favor de um processo de emancipação para a tomada de decisão diante das problemáticas apresentadas nas situações cotidianas. Nesse sentido, a pesquisa tem como objetivos reconhecer a Educação Ambiental Crítica na perspectiva dialógica como uma possibilidade para a emancipação do sujeito social, analisar as possibilidades e os limites que os educadores encontram para trabalhar a Educação Ambiental de forma contextualizada e interdisciplinar, realizar formação em Educação Ambiental Crítica para 12 professores de uma escola da rede básica de ensino público de Paripiranga-BA e refletir acerca do desenvolvimento do projeto interdisciplinar em Educação Ambiental. Habermas defende a reconstrução como um método com características próprias, assinalando as competências linguísticas e cognitivas como uma precondição para ações racionais embasadas em um conjunto implícito de regras. Dessa forma, concebe a ação comunicativa como uma interação simbolicamente mediada e orientada segundo normas de vigência próprias e que devem ser entendidas e reconhecidas pelos sujeitos agentes, sendo a razão o epicentro para a construção de relações sociais baseadas no entendimento mútuo. Será utilizada a Metodologia Comunicativa Crítica (MCC) na tentativa de congregar os postulados teórico-metodológicos de Habermas aos de Paulo Freire a partir da dialogicidade. Essa abordagem busca respostas possíveis a situações de mudança social, incorporando as vozes dos sujeitos desde o início até o fim. Serão realizadas entrevistas e analisadas de forma qualitativa a partir da Análise do Discurso Crítica, desenvolvida por Fairclough. O produto das ações será a promoção de um Curso de Formação de Professores e a construção de um jogo pedagógico. Nesse sentido, espera-se com o projeto a ser realizado com 12 educadores do Colégio Estadual Governador Roberto Santos, localizado no município de Paripiranga- BA, mediatizar um processo de autoconhecimento dos sujeitos e seu reconhecimento enquanto parte do ambiente onde vivem e atuam, identificando os impactos ambientais como problemas coletivos que necessitam ser superados a partir da emancipação e libertação do sujeito.