Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VINICIUS NERY DOS SANTOS
DATA: 31/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Engenharia Agronômica
TÍTULO: POTENCIAL DO BIOCARVÃO DO RESÍDUO DE COCO VERDE PARA TRATAMENTO DE ÁGUA RESIDUAL
PALAVRAS-CHAVES: Casca de Coco Verde. Adsorção. Cinética de Adsorção. LCCV. Biomassa
PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

O Brasil é o quinto maior produtor de coco do mundo, sendo Sergipe o quarto estado que mais contribui para produção total, no entanto sua produção em larga escala resulta na vasta produção de resíduos agrícolas. Por apresentar elevada presença de sais, taninos e umidade, a biomassa da casca de coco possui uso limitado devido à necessidade de pré-tratamento que produz água residual. Estudos mostram que biomassa agrícola pode ser utilizada para produção de biocarvão, material com capacidade adsortiva. Dessa forma, esse trabalho busca identificar e comparar o potencial dos biocarvões da casca de coco verde para tratamento do efluente subproduto da prensagem da casca de coco verde (LCCV). Os biocarvões foram produzidos através de pirólise em forno artesanal (BF) e mufla à 550° C e 750 °C (BM550 e BM750). Ambos materiais e biomassa foram submetidos a análises físicas, químicas e térmicas (análise imediata, microscopia eletrônica de varredura) para caracterização e o poder calorifico superior foi calculado empiricamente. Realizou-se estudos cinéticos que permitiram identificar o processo de adsorção dos biocarvões e modelos teóricos de pseudo-primeira e pseudo-segunda ordem foram aplicados. A partir da caraterização do LCCV analisou-se a cinética de adsorção para o Fe, Cu, Mn, Mg, Ca, K, S, Zn, P e DQO, parâmetros de pH e CE também foram estudados. O poder calorífico para biomassa, BF, BM550 e BM750 foi respectivamente 17,84 MJ/kg 21,10 MJ/kg 25,43 MJ/kg e 25,93 MJ/kg e a microscopia identificou a presença de poros bem definidos nos biocarvões. Os resultados dos ensaios cinéticos mostraram que o BM750 possui maior eficiência de remoção, com redução das concentrações iniciais acima de 60% em praticamente todos experimentos (destaque para Zn com 87,31% e Fe e Cu com remoção total), enquanto o BF apresentou maior remoção para Mn e Ca. Verificou-se que o contato prolongado entre biocarvões e o efluente está relacionado com episódios de dessorção, contato até 30 minutos interpretado como tempo ideal. O modelo cinético que mais se ajustou aos dados experimentais foi o modelo de pseudo-primeira ordem, exceto para os ensaios envolvendo BF/Fe, BM550/Mn e BM550/Ca onde prevaleceu maior correlação ao modelo de pseudo-segunda ordem.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1834882 - ARIOVALDO ANTONIO TADEU LUCAS
Interno - 1051888 - MARIA ISIDORIA SILVA GONZAGA
Externo ao Programa - 2019103 - DENISE CONCEICAO DE GOIS SANTOS MICHELAN