Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÉRICA ALVES DE OLIVEIRA SANTOS
DATA: 27/02/2023
HORA: 15:00
LOCAL: NUPEG - Auditório
TÍTULO: PERFIL DA ICTIOFAUNA E NÍVEIS DE MERCÚRIO EM PEIXES CAPTURADOS NA REGIÃO DO BAIXO RIO SÃO FRANCISCO
PALAVRAS-CHAVES: Análise de alimentos, Ictiofauna, Músculo de peixe, Bioindicadores de contaminação, DMA-80, QR, CPUE.
PÁGINAS: 81
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Sanitária
SUBÁREA: Recursos Hídricos
RESUMO:

A contaminação por mercúrio tem elevado sua importância em pesquisas, devido aos riscos aos organismos, e requer conhecimento preciso sobre os impactos ao meio ambiente e a saúde. O objetivo do presente estudo foi averiguar a contaminação por Hg em tecidos musculares de peixes capturados na região do Baixo São Francisco, com o intuito de utilizá-los como bioindicadores. Para a captura dos espécimes, foi utilizado um conjunto de redes de emalhar, com malhas de 3 à 16 cm entre nós opostos. Foram realizadas duas coletas, estação seca e estação chuvosa, onde foram determinadas as concentrações de Hg no tecido muscular dos peixes capturados, avaliando a influência da posição trófica, da sazonalidade e da biometria. O método de análise empregado para determinação da concentração de mercúrio total nas amostras foi baseado na decomposição térmica, amalgamação e detecção por espectrometria de absorção atômica, através do equipamento DMA-80 (Direct Mercury Analyser, Milestone), com análise direta de mercúrio. Para certificar o método analítico, foram realizadas análises do material de referência composto por proteína de peixe (DORM- 4), com teor de mercúrio conhecido (0,410 ± 0,055 mg kg-1) e elaborado pelo National Research Council Canada (NRC), onde a concordância foi de 98,2 ± 2,4 %, Durante as duas coletas foram capturados cerca de 1.606 espécimes no Baixo São Francisco, pertencentes a um grupo de 25 espécies de peixes com diferentes hábitos alimentares, sendo 13 onívoros, 6 carnívoros, 4 detritívoros, 1 herbívoro e 1 planctófago. Os resultados obtidos mostraram que no período seco a espécie Acestrorhynchus lacustris com hábito alimentar carnívoro apresentou a maior concentração média de mercúrio no músculo, com concentração de 0,1183 ± 0,0737 mg kg-1. Entretanto, no período chuvoso, a espécie Bryconops affinis com hábito alimentar onívoro foi a que apresentou músculos maiores níveis, com concentração de 0,1541 ± 0,1053 mg kg-1. Considerando as concentrações médias, todas as espécies estudadas em ambos os períodos apresentaram níveis de mercúrio abaixo do limite máximo de 0,5 mg kg-1 em peixes não predadores e de 1,0 mg kg-1 em peixes predadores, estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA. É possível constatar que os espécimes não apresentaram risco de contaminação por Hg capaz de causar danos à saúde humana. Ressalta-se que, mesmo não apresentando riscos, deve-se considerar que as comunidades ribeirinhas consomem o pescado com maior frequência, sendo necessária a integração do poder público com a academia, para que tais análises no pescado sejam monitoradas com maior assiduidade.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 013.892.295-05 - SILVÂNIO SILVÉRIO LOPES DA COSTA
Interno - 1295924 - CARLOS ALEXANDRE BORGES GARCIA
Externo à Instituição - SIMONE DE FÁTIMA PINHEIRO PEREIRA
Externo à Instituição - SIDNEI DE OLIVEIRA SOUZA
Externo à Instituição - MARCOS VINICIUS TELES GOMES
Externo à Instituição - CARLOS ALBERTO DA SILVA