Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICAEL DEIVISON DE JESUS ALVES
DATA: 15/02/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório DEF
TÍTULO: Efeito agudo de estratégias de aquecimento no desempenho das corridas de meia e longa distância.
PALAVRAS-CHAVES: Aquecimento, intensidade, corrida
PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Educação Física
RESUMO:

Introdução: A influência do aquecimento como estratégia para potencializar o rendimento tem sido estudado. No entanto, os efeitos da intensidade e dos diferentes protocolos aplicados em corredores de média e longa distância ainda permanecem inconclusivos. Objetivo: Verificar o efeito agudo do aquecimento no desempenho das corridas de meia e longa distância. Métodos: O presente estudo foi realizado com duas investigações: 1) Estudo cruzado randomizado com a participação de treze corredores de longa distância (34 ± 10 anos, 62 ± 6 kg, 62.7 ± 5.5 ml/kg/min). Os atletas realizaram dois contrarrelógios de 5000 m, precedido por duas condições de aquecimento, separadas por 72 horas de recuperação. Um aquecimento padrão de corrida contínua de 500 m, seguido de dois protocolos de aquecimento: alta intensidade (HIWU): 3×250 m (100%) ou baixa intensidade (LIWU): 3×250 m (70%). Foram aplicados os testes de Counter Movement Jump (CMJ), percepção de esforço (PE), concentração de lactato sanguíneo (BLa), e quantificado o desempenho da corrida no contrarrelógio de 5000 m (CR 5000 m). Variáveis contínuas foram descritas em média ± desvio padrão. O Teste T foi utilizado para amostras dependentes para comparar o tempo final no CR, PE e carga interna da sessão (CIS). A análise de medidas repetidas de duas vias (ANOVA), para o efeito do tempo e da condição, seguido do post hoc de Bonferroni. O tamanho do efeito foi avaliado por meio do teste g de Hedges. 2) Revisão sistemática realizada nas bases de dados PubMed, SPORTDiscus, Scopus e Web of Science. Foram incluídos, estudos que demostrassem possíveis efeitos agudos do aquecimento no desempenho do teste de exaustão(TE) ou CR ​​em corredores de meia e longa distância. Resultados: No estudo original, foi observado melhor desempenho no CR 5000 m após HIWU quando comparado a LIWU (1141,4 ± 110,4 s vs 1147,8 ± 111,0 s; p = 0,03; Hedges' g = 0,66). O desempenho no CMJ foi melhorado com a aplicação da HIWU (pré vs pós aquecimento) (p = 0,008). Aumento significativo da BLa pós-aquecimento para HIWU vs LIWU (3,5 ± 1,0 vs 2,3 ± 1,0 mmol/l; p = 0,02), resultados semelhantes para PE (p = 0,002) e CIS (p = 0,03). A revisão sistemática contou com 31 estudos incluídos. Em 42% dos estudos houve melhora e 12% efeitos prejudiciais no desempenho. O desempenho nas corridas ≥3200 m foi melhorado entre 1-5,7%, distâncias inferiores tiveram melhorias entre 1-5,9% e no TE a melhora ocorreu entre 2,9-15,4%. Por outro lado, efeitos prejudiciais no desempenho ocorreu entre 3,3-24,5%. Além disso, o período de transição ≥15 min minutos esteve presente nos protocolos efetivos. Conclusão: Uma estratégia de aquecimento ou preparação bem estruturada pode melhorar o desempenho em corridas de meia e longa distância. Evidenciamos que o desempenho no CR 5000 m melhorou após um aquecimento estruturado por sprints de alta intensidade. O período de transição ≥15 min apresentou maior efetividade na recuperação e potencialização do rendimento.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1003924 - AFRANIO DE ANDRADE BASTOS
Interno - 967.295.625-87 - JYMMYS LOPES DOS SANTOS
Externo à Instituição - EDUARDO KALININE