Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUELI SILVA DE CARVALHO
DATA: 29/04/2013
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório da Pós Graduação do Curso de Pós Graduação em Ciências da Saúde
TÍTULO:
Avaliação da viabilidade de Leishmania (L.) chagasi a espécies reativas do oxigênio. Sergipe
L.(L.) chagasi, Leishmaniose visceral, Viabilidade, espécies reativas do oxigênio, amastigo, promastigota, menadiona.,
As leishmanioses são doenças infecciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania. As espécies de Leishmania são parasitos digenéticos, alternando entre a forma promastigota (extracelular, encontrada no vetor flebotomíneo) e a amastigota (intracelular, encontrada no hospedeiro mamífero). A fagocitose de promastigotas por macrófagos desencadeia nessas células um “burst respiratório”, gerando espécies reativas do oxigênio (EROS) como o ânion superóxido ('02-), peróxido de hidrogénio (H202) e o radical hidroxila (.OH). Neste trabalho objetivamos avaliar in vitro a atividade leishmanicida de EROS, pela exposição de promastigotas de L.(L.) chagasi à menadiona (um derivado da vitamina K, que gera EROS em seu ciclo redox), bem como a viabilidade de suas respectivas formas amastigotas em uma linhagem de macrófagos murinos J774.16. Dezesseis isolados de L. (L.) chagasi (em fase log de crescimento) foram expostos a concentrações crescentes de menadiona (0-750µM) por um período de incubação de 4 horas, ao fim do qual a viabilidade desses parasitos foi determinada pela contagem das formas móveis, sob microscopia óptica. Para avaliar a viabilidade das amastigotas derivadas das respectivas promastigotas de L.(L.) chagasi resistentes e susceptíveis a EROS, um isolado resistente e dois susceptíveis (em fase estacionária de crescimento) foram utilizados na infecção de J774.16, na proporção 5:1 (parasitos/células), incubadas por 24, 48 e 72 horas, em placas de 8 poços. Ao término de cada período de incubação as placas foram coradas com Panótipo rápido e o número de amastigotas/100 macrófagos (carga parasitária) foi determinado por contagem sob microscopia óptica, por dois avaliadores independentes. Dos dezesseis isolados avaliados, 14 deles foram classificados como susceptíveis à EROS, uma vez que apresentaram perdas de 50% ou mais de suas viabilidades em concentrações que variavam de 15 a 500 µM de menadiona. As L. L. chagasi resistentes a EROS (apenas dois isolados) apresentaram 70% ou mais de viabilidade a 750 µM de menadiona. As células J774.16 infectadas com L. L. chagasi susceptíveis à EROS apresentaram um menor número de amastigotas do que as que foram infectadas com a forma resistente. Em culturas ativadas com LPS/IFN, a forma resistente apresentou uma menor carga parasitária nos tempos de 24 e 48 horas de infecção, quando comparada com a das formas susceptíveis a EROS. O tratamento das culturas de J774.16 infectadas com L. L. chagasi (susceptíveis e resistente a EROS) com um inibidor da SOD, dietilditiocarbamato (DETC), resultou em um decréscimo no número de amastigotas de ambas as culturas. O tratamento dessas culturas com o estímulo combinado de DETC e N-Acetilcisteina (agente antioxidante) resultou em um maior número de amastigotas das formas resistentes em todos os tempos de incubação avaliados. As culturas de J774.16 infectadas com L. L. chagasi resistentes e susceptíveis a EROS e previamente tratadas com LMNA (inibidor de INOS), resultou em uma redução da carga parasitária de ambas as culturas. Assim, é possível afirmar que as espécies reativas do oxigênio são importantes na eliminação de L. L. chagasi, tanto na forma promastigota, quanto na forma amastigota.