Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCUS VINÍCIUS FERREIRA MAGALHÃES
DATA: 29/09/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de videoconferência do RENORBIO - Polo de Pós-Graduação da UFS
TÍTULO: Efeito do comportamento do gato nas respostas defensivas e nociceptivas de ratos
PALAVRAS-CHAVES: analgesia, respostas defensivas, dor, medo, ansiedade
PÁGINAS: 49
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
RESUMO:
As respostas defensivas variam de acordo com a distância entre a presa e o predador e o grau de ameaça que cada situação oferece. Estudos sugerem que o confronto com o predador pode eliciar diferentes tipos de analgesia, bem como a ocorrência de ansiedade e medo. O nosso objetivo foi avaliar o efeito da exposição de ratos a diferentes condições aversivas nas respostas defensivas e nociceptivas. Para tanto, foram utilizados 48 ratos Wistar com peso de 250 a 350 g. O experimento consistiu na avaliação das respostas defensivas de ratos dos grupos CTRL (sem a presença do gato), GAT (gato ativo) e GIN (gato inativo), N= 16 animais por grupo, divididos em grupos com ou sem a possibilidade de fuga para o abrigo na arena de teste comportamental, seguido do teste algesimétrico da placa quente para medir a influência da exposição ao gato na resposta nociceptiva dos ratos. No dia seguinte (dia 2), todos os animais voltaram à arena de teste comportamental para reexposição ao contexto aversivo (sem a presença do gato). Os grupos GAT (p < 0,01) e GIN (p= 0,03) apresentaram um tempo de congelamento significativamente maior que o CTRL, adicionalmente, os grupos GAT e GIN, apresentaram, respectivamente, menor tempo de rearing (p< 0,01; p= 0,02) e menor quantidade de cruzamento nos quadrantes (p< 0,01; p= 0,01) caracterizando uma menor atividade exploratória ou maior ansiedade. O grupo GAT apresentou resposta antinociceptiva no tempo 0, onde foi significativamente diferente do basal (p< 0,01) e do intervalo de tempo 60 (p= 0,01). No dia 2, o grupo GAT apresentou um tempo de congelamento significativamente maior que o grupo GIN (p= 0,04), adicionalmente, os animais dos grupos GIN, sem a possibilidade de fuga para o abrigo, apresentaram um tempo de rearing (p= 0,01) e quantidade de cruzamentos nos quadrantes maiores que os grupos CTRL e GAT sem a possibilidade de fuga para o abrigo (p= 0,02; p< 0,02). O grupo GIN mostrou um número de tentativas ou avaliação de risco significativamente maior que o CTRL (p= 0,01). No dia 2, nenhum grupo apresentou resposta antinociceptiva significativa. Os resultados sugerem que o comportamento do gato tem influência direta na resposta comportamental e nociceptiva apresentada pelos ratos. Neste sentido, a presença de um gato ativo promoveu o aumento do tempo de congelamento, diminuiu a atividade exploratória e induziu respostas antinociceptivas em ratos, além de induzir respostas de congelamento na reexposição dos ratos ao contexto aversivo.