Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARINA FREIRE DE SOUZA
DATA: 28/07/2015
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 02 do Pólo de Gestão da UFS_ Campus de São Cristóvão
TÍTULO: ALTERAÇÕES MOTORAS, COGNITIVAS E NEUROQUÍMICAS CAUSADAS PELA ADMINISTRAÇÃO REPETIDA DA DELTAMETRINA EM RATOS
PALAVRAS-CHAVES: Parkinsonismo, pesticidas, piretróides e dopamina
PÁGINAS: 73
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
RESUMO:
Estudos tem demonstrado que a exposição a pesticidas é um fator de risco para o desenvolvimento da doença de Parkinson DP, principalmente em áreas rurais. Um desses pesticidas, a Deltametrina (DM), é utilizada indiscriminadamente no controle de vetores na lavoura, na medicina veterinária e no controle de pestes domésticas. No entanto, a avaliação dos possíveis efeitos da exposição a DM sobre o Sistema Nervoso Central ainda é incipiente. Diante disso, o objetivo da pesquisa é avaliar as alterações motoras, cognitivas e neuroquímicas causadas pela administração repetida da DM em ratos. Foram utilizados 38 ratos Wistar machos, com idade entre 9-10 meses, provenientes do Biotério do Laboratório de Neurofisiologia da UFS. O trabalho foi dividido em 2 experimentos: intranasal (i.n.) e intracerebroventricular (i.c.v.). No 1º, os animais foram divididos em 2 grupos controle (CTR, solução salina 0,9%, n=9) e DM 0,5 (tratados com DM 0,5 mg, n=10), que receberam 3 infusões intranasais administradas 1 a cada 7 dias. Durante o tratamento, os animais foram submetidos a testes comportamentais: catalepsia, reconhecimento de objeto novo, alternação espontânea e medo condicionado ao contexto. No experimento i.c.v., os animais foram divididos em 3 grupos: controle (CTR, n=7), DM 0,5 (tratados com DM 0,5 µg/µL, n=7) e DM 5 (tratados com DM 5 µg/µL, n=5). Nessa etapa, os animais receberam 3 injeções i.c.v. (2 µLpor injeção), uma a cada 48h. Ao longo do tratamento, os ratos foram avaliados nos testes comportamentais de catalepsia, campo aberto e alternação espontânea. Após os testes de comportamento em ambos experimentos, os ratos foram anestesiados, perfundidos, seus cérebros removidos e submetidos a imunohistoquímica para Tirosina Hidroxilase (TH) na substância negra parte compacta, área tegmental ventral e estriado dorsal. Foi observado no experimento i.n. que houve alterações motoras na catalepsia, no rearing do campo aberto, no reconhecimento de objeto novo e tempo de freezing, antecedendo as alterações motoras. A imunohistoquímica mostrou redução de células TH+ na SNpc e VTA e aumento de TH+ no estriado dorsal. No experimento i.c.v., foi observado alterações motoras no campo aberto, na alternação espontânea e na imunohistoquímica em que houve diminuição de TH+ nos animais tratados com DM 0,5 µg/µL e DM 5µg/µL na SNpC, VTA e estriado dorsal. Os dados apresentados neste estudo reforçam a possibilidade da DM ser um possível causador de sintomas de parkinsonismo.