Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LILLIAN MUNIZ OLIVEIRA
DATA: 26/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Didática VII, sala 201
TÍTULO: A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AMPLIADA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE UM ALUNO COM PARALISIA CEREBRAL DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19
PALAVRAS-CHAVES: Paralisia Cerebral. Educação Inclusiva. Comunicação Alternativa.
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
O processo de escolarização de alunos com paralisia cerebral apresenta diversos desafios que impedem o acesso a aprendizagem escolar. Este trabalho tem como objetivo acompanhar o processo de aprendizagem de um aluno com necessidades complexas de comunicação durante o fechamento das escolas na pandemia pelo Covid-19. Apoia-se nos pressupostos da matriz sócio-histórica de Vigotski, na revisão de literatura de Comunicação Alternativa e em autores da Educação Especial. Metodologicamente é de natureza qualitativa e do tipo pesquisa ação colaborativo-crítica e foi desenvolvida no período de junho de 2021 a julho de 2022. O trabalho foi desenvolvido junto as professoras responsáveis pelo processo educacional e pela família de uma criança com paralisia cerebral com severa deficiência motora. Foi realizado em três diferentes contextos: reuniões remotas com as professoras, a fim de compreender a dinâmica em sala da aula, os alunos que compõem a turma e estratégias utilizadas; com o aluno e sua família em domicílio usando a Comunicação Alternativa como estratégia para as atividades; e com o retorno às aulas presenciais pós-isolamento em uma Escola Estadual Especial de Aracaju/SE. Como resultados destacam-se: para compreensão e efetivação do processo de inclusão há necessidade de uma mudança epistemológica sobre a deficiência; é preciso que a escola seja reconhecida como um espaço de aprendizagem, de socialização e de múltiplas experiências para todos os alunos; há a necessidade de se estabelecer um equilíbrio entre o papel da família e da escola no processo de escolarização; o diálogo com a sociedade deve ser ampliado de forma que a deficiência seja compreendida a partir do modelo social; o trabalho colaborativo pode ser uma ferramenta para o enfrentamento da exclusão; os serviços de apoio são essenciais para adaptação de recursos e atividades mais acessíveis; a comunicação alternativa; para os alunos com deficiência motora a comunicação alternativa é ferramenta essencial para que o aluno esteja incluído na escola comum. Conclui-se que para que os alunos com deficiência estejam na escola comum suas especificidades precisam ser reconhecidas e a acessibilidade precisa ser garantida, porém isso só será possível a partir de políticas públicas e da formação de uma sociedade solidária.