Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABIOLA JUNDURIAN BOLONHA
DATA: 28/06/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Online
TÍTULO: SAÚDE LGBTQIA+ E FORMAÇÃO MÉDICA (DES) ENCONTROS NO CURRÍCULO
PALAVRAS-CHAVES: Formação Médica. Currículo. Gênero. Saúde LGBTQIA+.
PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Educação Permanente
RESUMO:
Argumento, nesta tese, que são múltiplas as formações discursivas – das normativas e diretrizes oficiais, científicas, biológicas/biomédicas, sociais, pedagógicos – que entram em disputa na composição curricular para a abordagem de saberes sobre gênero e sexualidade que acabam silenciando corpos LGBTQIA+ na formação médica, silenciando a diversidade ou diferença. O trabalho se compõe de seis partes, sendo a primeira delas este convite ao debate, que descreve brevemente minha trajetória pessoal e profissional contextualizando com o objetivo central do estudo. Em uma segunda seção, traz a análise de como a diversidade e a diferença foram incorporadas às políticas públicas em saúde no país e qual o sujeito pretendido por essas políticas. Na terceira parte faço uma análise das pesquisas brasileiras sobre gênero, sexualidade, currículo e formação médica. A quarta seção apresento alguns pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa, abordando conceitos gerais teóricos, os estudos de gênero e sexualidade, aspectos sobre currículo e formação médica e os caminhos metodológicos traçados. A partir da quinta seção analiso a invisibilidade do corpo LGBTQIA+ na formação médica, a partir da análise documental das DCN e PPC do referido curso. A sexta seção traz a resistência do corpo LGBTQIA+ diante da invisibilidade forçada e compulsória na sociedade através da ocupação das monstras em todos os espaços, espaços estes que vão desde política, arte, moda, ciência, medicina, consultório, sala de aula e espelho. Minha pesquisa nasce da insatisfação com o já sabido, da indignação de um cenário tóxico, violento pois, se as formas como avaliamos, julgamos, categorizamos e pensamos determinado aspecto da realidade fosse satisfatória não haveria motivos para investigar nem desejos de transformar. É assim, tomada por motivação, curiosidade, indignação, disposição que venho aqui convidar quem me lê a me acompanhar no trilhar da presente pesquisa, do presente estudo sobre gênero e sexualidade e seus (des)encontros na formação médica, conduzida por um recorte pós-crítico.