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Banca de DEFESA: SANDRA SANTOS DE JESUS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SANDRA SANTOS DE JESUS
DATA: 30/06/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Modalidade Remota
TÍTULO: O ESQUECIMENTO DO OUTRO: UM ESTUDO EM COMUNIDADES CAMPONESAS DE CRISTINÁPOLIS – SE.
PALAVRAS-CHAVES: Fechamento de Escolas do Campo. Educação do Campo. Pensamento Decolonial.
PÁGINAS: 167
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Esta tese tem por objetivo compreender os sentidos e significados que os camponeses de Cristinápolis-SE atribuem à presença e à ausência da escola no seu lugar de vida. A discussão situa-se no campo dos estudos decoloniais, em específico, do “Outro”, em sua convivência com a escola, como espaço dialógico da/na comunidade, e fomentador da transformação social. Apresentamos neste estudo, três escolas do campo que foram fechadas em Cristinápolis e suas respectivas comunidades, e elencamos aspectos históricos da formação do município de Cristinápolis em sua relação com a etnia indígena Kiriri, além de estabelecermos interlocução entre o Pensamento Decolonial e a Educação do Campo numa análise do dito e do silenciado pelos sujeitos da pesquisa. Para fundamentar esta discussão, o diálogo foi norteado pela Filosofia da Libertação e a Pedagogia da Libertação, em Enrique Dussel e Paulo Freire respectivamente, bem como dos pensadores do Giro Decolonial, com enfoque na crítica à modernidade eurocêntrica projetada sobre a América-Latina, e que violentou culturas e desconsiderou a razão do Outro. A presente pesquisa foi desenvolvida numa abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. Como instrumentos para a produção de dados, utilizamos análise de documentos, entrevistas e depoimentos. Nos levantamentos exploratórios e literaturas referentes às temáticas abordadas em relação ao fenômeno pesquisado, observou-se que há um movimento em nível estadual para que ocorram fechamentos de escolas do campo. No recorte territorial elencado para esta pesquisa, 03 (três) comunidades rurais do município de Cristinápolis – SE, tendo como epicentro deste movimento, a intensificação em 2019, culminando com a desativação de escolas localizadas na zona rural do município. Como resultados obtidos com estudo pretende-se que contribuam para o debate nesta temática e possibilite reflexões noutros contextos nos quais se apresentem situações de escolas do campo são apagadas. Concluiu-se com este estudo que os sujeito das três comunidades, compreendiam a escola em sua comunidade na presença da escola (aberta) em sua comunidade, um lugar de acolhimento, de partilhar outros conhecimentos, outras relações sociais e de vida. O fechamento das escolas, significou, para os camponeses, um esquecimento, um apagamento da comunidade, pois estas pessoas tinham na escola um importante espaço de sociabilidade que estava para além das aulas, e da transmissão do conhecimento escolar. Desta forma, compreendemos que o esquecimento se configura como uma prática da colonialidade que atua na invisibilização do Outro e na negação de sua existência. Ao esquecer o Outro, nega-se a sua existência e nesta negação se pauta a retirada do seu direito.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1698052 - MARIZETE LUCINI
Interno - 2624229 - LIVIA DE REZENDE CARDOSO
Interno - 2046405 - ALFRANCIO FERREIRA DIAS
Externo à Instituição - LEYLA MENEZES DE SANTANA
Externo à Instituição - JOÃO PAULINO DA SILVA NETO

Notícia cadastrada em: 08/06/2022 08:24
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