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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA CAMILA LIMA BRITO DE JESUS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA CAMILA LIMA BRITO DE JESUS
DATA: 13/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO: ESCREVIVÊNCIAS DE ESTUDANTES DE UM COLÉGIO ESTADUAL SERGIPANO NA PARTICIPAÇÃO DE UM CONCURSO DE BELEZA NEGRA (EDIÇÃO 2019)
PALAVRAS-CHAVES: Lei 10.639/03; ERER; Educação Básica; Beleza Negra; Ações afirmativas.
PÁGINAS: 280
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Como resultado da luta do movimento negro brasileiro o combate ao racismo tem sido colocado no cenário brasileiro. Neste contexto destacamos os seguintes documentos legais e orientadores que propõem uma educação antirracista: 1) Lei nº 10.639/2003; 2) Lei nº 11.645/2008; 3) Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (2009). Esse cenário provoca universidades e unidades escolares na produção de conhecimentos e práticas educativas com vista a re-educação das relações étnico-raciais. No âmbito dessas práticas, muitas unidades escolares realizam o Concurso da Beleza Negra como uma atividade que exalta a mulher negra e sua representatividade. A presente tese tem como foco a Educação das Relações Étnico-raciais (ERER) e tem como objetivo compreender as motivações que levaram estudantes de um colégio estadual sergipano a se inscreverem no concurso Beleza Negra (2019) e as relações estabelecidas entre o concurso, o pertencimento étnico-racial das candidatas e a Educação das Relações Étnico-raciais no colégio. A abordagem metodológica utilizada foi a pesquisa qualitativa, tendo como metodologia Escrevivências de Conceição Evaristo. Os instrumentos para coleta de dados foram: Análise Documental, Entrevistas, Questionário, Observações e Conversas informais registradas no Diário de Campo da pesquisadora. A interpretação dos dados foi realizada a partir da Escrevivência de Conceição Evaristo. Os sujeitos da pesquisa são oito (8) jovens estudantes do sexo feminino, com faixa etária de 12 a 17 anos e pertencimento étnico-racial autodeclarado de 5 negras e 3 pardas. No que diz respeito ao mapeamento das pesquisas em nível nacional com a temática “Concurso de Beleza Negra e a Educação das Relações Étnico-raciais na Educação Básica”, foram discutidos 25 trabalhos que abordam a ERER/Leis, sendo 6 teses, 8 dissertações e 11 artigos. Ao refletir sobre a ERER na Educação Básica, destacamos a trajetória Movimento Negro no Brasil, sendo que sua compreensão ocorreu no âmbito dos desafios e luta contra o preconceito racial, a exclusão política, econômica, social e educacional pelos quais a população negra brasileira convive em seu cotidiano. Refletimos também sobre a inserção da ERER no ambiente escolar com ações e projetos de práticas educativas para a comunidade com o intuito de ampliar a relação respeitosa à diversidade étnico-racial e contribuir para a desconstrução de estereótipos e preconceitos. Além disso, debatemos os conceitos relacionados com ao branqueamento e pardização, a etnia/raça e alguns marcadores identitários. Outros conceitos abordados foram o racismo estrutural, a desigualdade racial, o lugar de fala, o empoderamento e a interseccionalidade. A partir dos resultados, inferimos que, a maioria das jovens candidatas tem dezesseis anos de idade, é negra, católica e cursa o Ensino Médio Regular. Além disso, as estudantes destacaram como referências artistas brasileiras, brancas e do sexo feminino. Concluímos que a maioria das jovens já participou de concurso de beleza negra e está participando deste concurso para representar a sua cor e mostrar a beleza da mulher negra. As candidatas foram incentivadas a participar do concurso por professores/amigos e destacaram a importância desse evento no ambiente escolar para representar a mulher negra, combater o racismo e valorizar a beleza feminina. Ressaltamos a importância de discutir o conceito de pertencimento étnico-racial, preconceito e racismo no ambiente escolar, pois pensar a historicidade da ideologia opressora é fundamental para se compreender as práticas racistas comuns na sociedade brasileira.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1212624 - EDINÉIA TAVARES LOPES
Externo ao Programa - 3152732 - LIVIA JESSICA MESSIAS DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 1545817 - MARIA BATISTA LIMA
Interno - 1698052 - MARIZETE LUCINI

Notícia cadastrada em: 02/12/2021 08:39
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