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Banca de DEFESA: ELIS SANTOS CORREIA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELIS SANTOS CORREIA
DATA: 27/02/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Didática VI, Sala 106.
TÍTULO: O fechamento das escolas do campo em Sergipe: territórios em disputa (2007-2015).
PALAVRAS-CHAVES: Campo. Educação do Campo. Fechamento de escolas do campo.
PÁGINAS: 140
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A presente pesquisa abordou o fechamento das escolas do campo no Estado de Sergipe entre os anos de 2007 a 2015 e objetivou analisar os aspectos históricos e sociais que tem conduzido esse processo. Nossa hipótese foi a de que existe uma disputa - desigual - de modelos de desenvolvimento que provocam profundas contradições entre a política de promoção do campo como território apenas de produção econômica e a luta dos movimentos sociais pela construção de um novo território de produção da vida em que a educação tem um papel estratégico. Para alcançar nosso objetivo, procuramos nos apropriar do método do materialismo histórico dialético, no intuito de trazer na própria concretude deste processo uma análise baseada na sua totalid ade em articulação com a singularidade do modelo de desenvolvimento do campo com suas contradições, e a especificidade que se encerra no fechamento das escolas do campo em Sergipe no período estabelecido. Nosso estudo bibliográfico foi acompanhado de pesquisa documental, análise de dados estatísticos do INEP/Censo Escolar e de entrevistas, estas realizadas a ex-gestores municipais, e lideranças de movimentos sociais camponeses do Estado. Finalmente, nossos resultados demonstraram evidente retirada do papel do Estado em sua oferta com o fechamento de 404 escolas do campo, destas 296 foram extintas e 108 se somaram ao status de paralisada ao longo dos nove anos em questão. Os fechamentos foram mais evidentes no Alto Sertão e no Centro Sul sergipano e as principais justificativas apresentadas foram: Esvaziamento das turmas; A falta de estrutura adequada nas escolas; A busca por melhorias na quali dade do ensino, atrelada ao fim do multisseriado; E a melhor gestão financeira para pagamentos dos professores municipais. A análise dos movimentos sociais camponeses caminha na direção contrária, entendendo os fechamentos como uma retirada de direitos e mais uma forma de esvaziar o campo. Nossa análise histórica nos permitiu então estabelecer um olhar sobre esta realidade e compreender que a política econômica para o campo está em razão direta à condução das políticas e financiamento educacional para o mesmo. Estas por sua vez, pautadas na sobreposição da racionalidade econômica às demandas sociais da população camponesa. Tal compreensão nos permite aferir que a escola do campo é um território em disputa e o seu fechamento se trata de um seguimento à política de promoção do ca mpo como território apenas de produção econômica. E vai de encontro à histórica luta pela construção do território camponês contra hegemônico, onde nasce e se pauta a Educação do Campo.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ILKA MIGLIO DE MESQUITA
Presidente - 1516500 - SILVANA APARECIDA BRETAS
Interno - 426615 - SONIA MEIRE SANTOS AZEVEDO DE JESUS

Notícia cadastrada em: 05/02/2018 11:04
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