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Banca de DEFESA: MILENA CRISTINA ARAGÃO RIBEIRO DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MILENA CRISTINA ARAGÃO RIBEIRO DE SOUZA
DATA: 04/05/2015
HORA: 09:30
LOCAL: Sala 113 da Didática V
TÍTULO: Representações docentes sobre os castigos escolares
PALAVRAS-CHAVES: Castigos Escolares. Habitus. História da Educação. Representações docentes.
PÁGINAS: 225
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A presente Tese de Doutorado teve como objeto os castigos escolares e como objetivo, propôs-se investigar a construção de práticas e representações de dez professoras das primeiras séries do ensino fundamental, graduadas em pedagogia entre as décadas de 1970 a 2014, sobre os castigos utilizados em sala de aula. O caminho metodológico utilizado pautou-se na História Oral Temática, apoiado nas obras de Alberti (2003); Ferreira e Amado (2006); e Portelli (2006). O tratamento das entrevistas foi realizado através da análise textual discursiva de Roque Moraes (2007). Esta pesquisa está centrada teoricamente em Pierre Bourdieu, em especial nos conceitos de habitus e campo; bem como em Roger Chartier, com os conceitos de práticas, representações e apropriação; além de outros autores capazes de transitar por entre as tramas das relações e tensões socioculturais; das práticas e representações de sujeitos ordinários, interrogando a pluralidade do cotidiano, os modos de pensar, dizer e fazer dos sujeitos que compõe a escola. Diante da trajetória apontada, trago à tona a Tese que defendo em relação aos castigos escolares: a incorporação dos castigos na prática profissional docente se entrelaça com a história de vida, em especial com os saberes aprendidos na infância (por meio da família e da escola), sendo naturalizados nas ações e tendo pouca relação com os cursos de formação, o que faz com que sua escolha não seja com base nos conhecimentos e saberes da pedagogia. Como resultado, foi observado que as docentes investigadas dizem utilizar diferentes tipos de castigos em sala de aula, com ênfase nos castigos morais, porém relataram o uso de castigos físicos em sua história de vida escolar, bem como na prática de suas colegas de trabalho. Para elas, o castigo tem a função de disciplinar no sentido kantiano, ou seja, formar bons cidadãos para vida em sociedade. Afirmaram, ainda, acreditar que a escolha dos castigos a serem utilizados em classe está relacionado às vivências familiares e escolares e não à aprendizagens formais. O Estatuto da Criança e do Adolescente foi mencionado como uma importante lei, porém, foi vista de maneira ambígua, isto é, se por um lado contribuiu positivamente por provocar a diminuição dos castigos corporais, também prejudicou a ação docente, na medida em que “retirou a autoridade do professor”. A Tese foi finalizada sugerindo possibilidades de ação na perspectiva da formação continuada, a fim de lidar com os castigos a partir de um prisma pedagógico. Saliento que investigar a construção das práticas e representações docentes sobre os castigos escolares, culmina num processo de desnaturalização de uma ação corriqueira no universo educacional, permitindo pensar em possibilidades de ação frente a esta temática; bem como estimula a refletir sobre a importância de se manter um olhar para a docência no que concerne a sua dimensão social, cultural, histórica e subjetiva, uma vez que são eles que atuam na mediação e na construção do processo ensino-aprendizagem.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2176979 - ANAMARIA GONCALVES BUENO DE FREITAS
Externo à Instituição - LÚCIO KREUTZ
Externo à Instituição - RAYLANE ANDREZA DIAS NAVARRO BARRETO
Interno - 1619349 - TACYANA KARLA GOMES RAMOS
Interno - 2205727 - VERONICA DOS REIS MARIANO SOUZA

Notícia cadastrada em: 23/04/2015 08:03
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