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Banca de DEFESA: SUZANA MARY DE ANDRADE NUNES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUZANA MARY DE ANDRADE NUNES
DATA: 06/02/2014
HORA: 14:30
LOCAL: AUDITÓRIO DA PÓS-GRADUAÇÃO - DIDÁTICA II
TÍTULO: UMA LEITURA DE HISTÓRIAS DE VIDA DE MULHERES DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE E DA UNIVERSIDADE DO PORTO
PALAVRAS-CHAVES: Trabalho. Trabalho docente. Educação Superior. Gênero. Identidade.
PÁGINAS: 268
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

As experiências de escolarização proporcionadas pelas políticas sociais e, mais especificamente, pelas políticas educacionais foram em larga medida responsáveis por importantes mudanças no sistema de gênero e das relações sociais entre os sexos, especialmente no que diz respeito à inserção profissional de mulheres no mundo acadêmico e científico. Mesmo quando não tinham explicitamente a intenção de mobilizar as mulheres na direção de uma participação ativa na vida pública, ou até mesmo quando o objetivo explícito de tais políticas era o de mantê-las na esfera doméstica, a dinâmica contraditória da modernização, alterando padrões de sociabilidade, gerando novas expectativas individuais e familiares e impondo novas demandas profissionais, criou condições para que as novas experiências de escolarização fossem sendo apropriadas e ressignificadas pelas mulheres. O acesso às universidades permite que as mulheres tenham ocupações mais qualificadas. É na academia, no entanto, que começa parte da diferença observada no mercado de trabalho. Embora lentamente, elas ingressam em áreas anteriormente restritas ao universo masculino, significando que o caminho da igualdade profissional passa por promover a ocupação feminina em trabalhos tradicionalmente masculinos com revisão de planos de cargos e salários. Esta pesquisa versa sobre o trabalho docente no contexto da Universidade Federal de Sergipe e na Universidade do Porto, estrato mais elitizado, que personifica avanços recentemente alcançados nas relações de gênero mais igualitárias, mas também expressa conflitos e contradições intrínsecas a qualquer processo de mudança social em uma Instituição Federal de Educação Superior. A opção metodológica adotada não prescinde para sua operacionalização da análise conjuntural. Optou-se por uma gama de ferramentas específicas integrando-se os aspectos macro/micro, subjetivos e objetivos, intra e inter-individual, o intra e o inter-grupal, o intra e o inter-cultural, visando restabelecer a identidade entre sociedade, universidade e o trabalho docente, para interpretar mecanismos de discriminação, estereótipos construídos nos processos de educação/socialização que interatuam potenciando os de gênero. Consultaram-se várias fontes de informação: revisão da literatura, estatísticas da educação superior obtidas no INEP, CAPES, CNPQ, CPD/UFS sobre o perfil de docentes. Realizaram-se trinta e oito entrevistas na UFS e cinco na UP para analisar a construção das diferenças de gênero por meio da história de vida oral, enquanto processo importante na estruturação da identidade das docentes. A análise de dados seguiu um curso indutivo, para a reconstituição das experiências subjetivas das docentes, concebidas coletivamente nas interações sociais no cotidiano da instituição de ensino superior pública. A problemática de gênero emerge presente, seja na divisão do trabalho, na construção de projetos/carreiras, nas contradições, barreiras e conquistas presentes neste percurso histórico. A elevada carga de trabalho impacta na vida familiar, no trabalho produtivo e reprodutivo com desvantagens para as mulheres. Observa-se a divisão sexual por meio da organização do orçamento familiar, da administração doméstica e da educação dos filhos. Para os homens, a família nunca atrapalhou, enquanto a docente/mãe/esposa, por vezes, sacrifica-se em prol da família e da carreira do marido. As diferenças, distinções e desigualdades são construções sociais presentes não somente entre os nichos de exercício profissional, mas também dentro deles no cotidiano de trabalho reprodutivo e produtivo.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1452920 - ANA MARIA FREITAS TEIXEIRA
Externo à Instituição - MARIA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA ANDRADE LEITÃO
Externo à Instituição - MARIA EULINA PESSOA DE CARVALHO
Presidente - 155.249.575-20 - MARIA HELENA SANTANA CRUZ
Interno - 1228671 - MARIA INEZ OLIVEIRA ARAUJO

Notícia cadastrada em: 08/01/2014 16:09
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