Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IANE BRITO LEAL
DATA: 14/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: REUNIÃO HÍBRIDA (https://meet.google.com/ddk-sgqu-yxy)
TÍTULO: Tendência temporal, análise espacial e determinantes sociais de saúde da
hospitalização associada à esquistossomose no Brasil entre 1998 e 2021.
PALAVRAS-CHAVES: análise espaço-temporal; epidemiologia; esquistossomose; hospitalização;
Schistosoma mansoni;
PÁGINAS: 42
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:
A esquistossomose mansoni é uma doença infecciosa parasitária, crônica e grave.Considerada uma doença negligenciada, no Brasil se apresenta de forma endêmica eestá relacionada a fatores sociais e comportamentais. Objetivo: analisar o padrãoespaço-temporal e os determinantes sociais da saúde (DSS) da hospitalização associadaà esquistossomose no Brasil entre 1998 e 2021. Métodos: estudo ecológico de sériestemporais, com análise espacial e espaço-temporal. Foram utilizados dados do Sistemade Informação Hospitalar (SIH), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). As tendências foramavaliadas pelo método Joinpoint. As taxas foram suavizadas pelo modelo BayesianoEmpírico Local. O Global Moran Index, Global Geary's Contiguity e as estatísticasGetis-Ord General foram calculados para avaliação da autocorrelação espacial.Resultados: foram registradas 13.685 hospitalizações associadas à esquistossomose noBrasil entre 1998 e 2021. As características predominantes foram sexo masculino(56.25%), faixa etária entre 40 e 59 anos (31.31%), região Nordeste (58.65%) eindivíduos que residem em cidades do interior (77.52%). A taxa de hospitalizaçãoassociada à esquistossomose apresentou tendência decrescente no país nos anosanalisados. Os estados de Alagoas (AL), Pernambuco (PE) e Sergipe (SE) registram asmaiores taxas de hospitalização: 2.41, 2.36 e 1.35 internamentos/100.000 habitantes,respectivamente. As taxas de hospitalização apresentaram correlação significativa em97,14% nos índices dos DSS. Por fim, a análise espacial mostrou distribuiçãoheterogênea da hospitalização no território brasileiro e identificou uma concentração demunicípios com alto risco de hospitalização por esquistossomose ao longo do litoral dePE, AL e Paraíba. Da mesma forma, identificamos a formação de aglomerados espaço-temporais elevados em municípios nos estados de SE, Bahia e Minas Gerais.Conclusão: embora exista uma diminuição nos casos, a hospitalização associada àesquistossomose é um problema persistente de saúde pública no Brasil. Essa reduçãopode indicar resultados positivos nas ações de vigilância e controle, porém sinaliza parapossíveis subnotificações e redução das ações voltadas ao Programa de Controle deEsquistossomose. Aglomerados indicam regiões que merecem aprimoramento dasmedidas de controle. Assim, estratégias de vigilância em saúde e as políticas públicasprecisam ser fortalecidas.