Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA SANTOS RABELO
DATA: 10/05/2012
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 26 CENTRO DE PESQUISAS BIOMÉDICAS
TÍTULO:
AVALIAÇÃO DA ADESÃO À FARMACOTERAPIA DOS USUÁRIOS SUBMETIDOS AO ATENDIMENTO FARMACÊUTICO EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS II)
adesão; saúde mental; acompanhamento farmacêutico
Atualmente, tem-se percebido um aumento crescente da frequência de diagnósticos de transtornos psiquiátricos, o que tem levado a uma maior utilização de psicofármacos. Como consequência, são maiores os casos de dependência ou tolerância medicamentosa, aparecimento de efeitos colaterais, além de problemas de adesão ao tratamento, interferindo na evolução da doença. Estudos mostram que o farmacêutico pode participar de programas que permitem otimizar os efeitos da farmacoterapia, por meio do acompanhamento do uso dos medicamentos. farmacêutico quanto à adesão e conhecimento do tratamento em usuários de um Centro de Atenção Psicossocial. clínico intragrupo de séries temporais. Na primeira, foram avaliados os dados sóciodemográficos, farmacoterapêuticos (consumo de medicamentos, denominação genérica, essencialidade, presença de interações medicamentosas e duplicidades terapêuticas) e clínico dos usuários cadastrados. No ensaio clínico, está sendo avaliado como desfecho primário: adesão e nível de conhecimento sobre o uso do medicamento e, como desfecho secundário: identificação de possíveis problemas relacionados aos medicamentos. foram coletados a partir de 122 usuários cadastrados, com média de idade de 38,2 anos (DP±11,46), sendo a maioria pertencendo ao gênero masculino (54,1%). Os diagnósticos mais presentes foram a esquizofrenia, os transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes (F20 – F29) com 53,8%, o que justifica o predomínio no uso de antipsicóticos (46,2%). De forma geral, a prevalência do uso de medicamentos foi de 97,5% e a média de medicamentos consumidos igual a 2,8 (DP±2,5). Foram observadas interações medicamentosas em 59,4% dos prontuários e redundância terapêutica em 47,9%, sendo os antipsicóticos (N05A) os mais envolvidos (78,3%). Para o ensaio clínico foram selecionados 16 usuários para serem acompanhados, mas somente sete permaneceram ao final da pesquisa. Para o desfecho adesão, não houve diferenças significativas entre as etapas do estudo; quanto ao conhecimento, houve diferença significativa entre as etapas um e dois, e dois e quatro. estudo transversal, foram observadas interações medicamentosas e redundâncias terapêuticas, que podem influenciar no resultado do tratamento. Quanto ao seguimento farmacoterapêutico, a não significância entre as etapas do estudo poderiam estar relacionadas com o fato de a adesão ser multifatorial, e as intervenções farmacêuticas seriam mais um complemento para a abordagem terapêutica da equipe de saúde, além disso, sua aproximação com o paciente contribuiria para o melhor conhecimento do seu tratamento.