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Banca de QUALIFICAÇÃO: CARLA JEANE HELFEMSTELLER COELHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLA JEANE HELFEMSTELLER COELHO
DATA: 14/12/2023
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/xzo-kyrq-jxm
TÍTULO: Desconstrução da episteme patriarcal à luz da filosofia decolonial e da psicanálise por meio do desc
PALAVRAS-CHAVES: Feminino; gênero; patriarcado; epistemologia; ética
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:

Essa pesquisa estuda a colonialidade epistêmica de gênero como um tipo de violência expresso na inferiorização, reificação e consequente subalternização da pessoa, decorrente da dessensualização da existência que, anestesiando as capacidades de percepção, crítica e reação leva à morte simbólica da alteridade com a qual a morte factual é banalizada. Para isso problematiza a episteme patriarcal que se sustenta no tripe patriarcado, colonialismo e capitalismo operando através da manipulação do pensamento e colonização da memória por meio de conceitos, símbolos e metáforas com os quais as relações patriarcais entre gêneros são incorporadas. Seu objetivo principal é discutir a associação entre feminino e masculino a gênero e sexo a partir da desconstrução da identidade de gênero proposta por Butler em sua articulação com as formulações destes conceitos pela psicanálise com o casal Jung, Freud, Lacan e Lou Salomé, e com o conceito de colonialidade de gênero elucidado por Lugones, a fim de perscrutar como a cisão entre eros e cognição, presente no modelo de conhecimento objetivo de racionalidade da filosofia ocidental, estabelece uma episteme patriarcal, apontando suas consequências ético-epistemológicas. Para sustentar a existência de uma episte patriarcal como causa da dificuldade de alteração de mentalidades, elegeram-se duas narrativas. A narrativa mítica retirada do capítulo 2 do livro do Gênesis, com a finalidade de escrutinar como a narrativa bíblica induz ao rebaixamento e desqualificação da mulher, uma vez que a cultura ocidental retira da bíblia muitas de suas principais metáforas que serão utilizadas para definir gênero e moralidade. E a narrativa filosófica composta pelas ideias sobre as mulheres de Emmanuel KANT, especificamente na obra “Observações sobre o sentimento do belo e do sublime-ensaio sobre as doenças mentais”, com foco no texto: “da diferença entre o sublime e o belo na relação entre os sexos”. Escolheu-se esse texto pela influência deste filósofo, e para descortinar a incoerência presente em muitos axiomas filosóficos que se constituem base do pensamento e da moralidade ocidental, pois trata-se de um dos mais ilustrativos textos filosóficos que demonstra a cisão cognitiva operada na filosofia. Essa pesquisa evidencia que a associação entre feminino e masculino com a noção construída de gênero, ambas associações designadas ao sexo, constituem-se práticas reguladoras de formação de divisão de gênero através da descrição do que constituiria uma coerência interna do sujeito que conduz à assunção da heterossexualidade como única expressão do desejo sexual válida. A episteme patriarcal produz o deslocamento da experiencia como referência de conceituação substituindo-a pela simbolização que dispensa a realidade para se justificar uma crença, um imaginário ou a criação de um axioma. Aqui temos duas consequências epistemológicas e axiológicas: a inferiorização e consequente subalternização da pessoa; e o efeito epistemológico em si: não é mais necessário o teste de realidade para que se acredite em algo como real, o que pode legitimar certezas delirantes. Quanto a influência filosófica, com a exclusão dos sentimentos na distinção entre as virtudes genuínas e adotivas, e com a busca ascética de uma pureza racional que vê sentimentos, desejos e sexualidade como aspectos impuros- obstáculos ao conhecimento puro racional, Kant produz uma cisão entre racionalidade e os aspectos de eros. Com a coexistência dos temas ascetismo e reificação no pensamento de Kant, que reflete as relações sociais reificadas, a objetificação das pessoas como coisas reduzidas a objetos de troca no mercado é legitimada pela racionalidade que está sendo defendida. Ao final discute-se as consequências epistêmicas e éticas da associação entre feminino e masculino à gênero e sexo como efeito paradigmático, refletindo sobre possibilidades de superação a partir das proposições filosóficas decoloniais averiguando epistemologias integradoras.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1821062 - ANTONIO JOSE PEREIRA FILHO
Externo à Instituição - JULIANA ORTEGOSA AGGIO
Interno - 1777796 - MATHEUS HIDALGO
Externo ao Programa - 1546297 - PETRONIO JOSE DOMINGUES
Presidente - 1200318 - ROMERO JUNIOR VENANCIO SILVA

Notícia cadastrada em: 15/11/2023 10:27
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