Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAÍS KALENA SALLES ARAGÃO
DATA: 28/07/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: Didi-Huberman e a crítica aos fundamentos da História da arte
PALAVRAS-CHAVES: Georges Didi-Huberman; Representação; História da arte; Imagem da arte.
PÁGINAS: 87
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Metafísica
RESUMO:
A invenção da história da arte enquanto disciplina constituiu-se como um processo de adequação das imagens de arte às pretensões das narrativas. As imagens de arte eram compreendidas como representação da realidade e, portanto, a história da arte teria a pretensão de fazer corresponder totalmente as imagens de arte ao conhecimento que se tem delas. Quanto mais adequada a esse parâmetro, mais eficaz seria considerada a imagem de arte. Contudo, Georges Didi-Huberman indaga, em sua obra Diante da Imagem, se essa seria a única e melhor maneira de considerar a eficácia das imagens de arte e quais são as consequências de se estabelecer esse parâmetro à percepção das artes. Assim, no primeiro capítulo, trabalharemos a crítica de Georges Didi-Huberman à invenção da história da arte enquanto disciplina, focando na análise dos casos de Giorgio Vasari e Erwin Panofsky, e no uso das palavras-mágicas fundadas na ideia de representação, tal qual o percurso realizado por nosso filósofo em Diante da Imagem. Optamos por iniciar a argumentação apresentando o contexto de invenção da história da arte para oferecer aos leitores uma leitura cronológica e panorâmica da tese que apresentaremos nos capítulos seguintes. No segundo capitulo, investigaremos o que Didi-Huberman compreende por imagem de arte e interpretação, abordando o ideário de Sigmund Freud e sua investigação sobre as imagens do sonho. Analisaremos o caráter de sintoma e de rasgadura das imagens, propondo pensar outras formas de interpretação que acomodem as rupturas normativas, e a constituição de uma estética do sintoma como um campo entre a fenomenologia e a semiologia. Esse passo sucede a crítica às narrativas tradicionais e precede o confronto da crítica e da tese de Didi-Huberman. Assim, no terceiro capítulo, pretendemos questionar a autoridade da representação na elaboração das narrativas, considerando a noção que nosso filósofo desenvolve acerca das imagens de arte. Revisitaremos, nesse capítulo, a crítica de Didi-Huberman a Giorgio Vasari e Erwin Panofsky focando no confronto entre a ideia de imagem de arte apresentada no capítulo 2 e a crítica aos fundamentos da história da arte centrada na crítica à representação. Essa pesquisa consiste em um estudo bibliográfico que abrange a leitura rigorosa das obras do filósofo francês, acompanhando o desenvolvimento da sua hipótese e suas transformações, dentre as quais estão particularmente Diante da Imagem, Diante do Tempo e O que vemos, o que nos olha; e de comentadores que desenvolvem estudos semelhantes, como Chari Larsosn e Emmanuel Alloa