Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GILVAN TELES DA RESSURREIÇÃO
DATA: 30/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: PPGF
TÍTULO: O mal e as Aporias do livre-arbítrio da vontade em Agostinho de Hipona.
PALAVRAS-CHAVES: Mal. Livre-arbítrio, Vontade, Bem. Responsabilidade.
PÁGINAS: 48
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: História da Filosofia
RESUMO:
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo investigar o problema do mal frente as aporias do livre-arbítrio da vontade no pensamento de Agostinho de Hipona. Para isso, será analisado o processo do conhecimento em Agostinho, que leva o homem a se voltar para Deus por meio da reta razão e se tornar responsável por seu agir moral. A primeira parte do trabalho faremos um mapa conceitual nas Obras platônicas e neoplatônicas sobre a questão do mal, para obtermos como ocorre a ruptura da concepção do mal na lei natural para a lei moral. O intuito é buscar os pressupostos do problema do mal já nos antigos, obtendo como referência Platão, onde trata da questão do mal expresso em diversas obras, a exemplo citamos O Timeu, e As Leis XI. Por conseguinte entender a forma como Plotino, transporta essa questão para o pensamento tardo-antigo. Com efeito, os antigos fornecem elementos para Agostinho formular a grande questão para o medievo acerca da natureza do mal e do livre-arbítrio da vontade humana. Na tentativa de solucionar o problema, o Hiponense envolve uma análise ampla e profunda utilizando abordagens filosóficas de natureza metafísica, epistemológica e ética-moral. Agostinho defende que o mal tem sua origem no livre-arbítrio, argumentando contra aqueles que atribuem a Deus a causa do mal. Através da relação entre a razão humana e a verdade, a retidão e a felicidade são alcançadas pela escolha consciente do melhor dos bens pela boa vontade. A compreensão dessas questões é fundamental para uma investigação aprofundada sobre a natureza do livre-arbítrio e seu papel na experiência humana. O problema do livre-arbítrio perpassa o papel que vontade exerce na doutrina agostiniana, considerando-a como um bem médio e, portanto, intrinsecamente boa, embora corrompida pelo pecado original. Agostinho enfatiza que toda forma e natureza, mesmo em seu estado mais degradado, são essencialmente boas, belas e desejáveis. Assim, mesmo no pecado e na maior privação moral, o ser humano pode perceber a ordem e tender a ela, ainda que seja por meio de uma reação à desordem, revelando assim o vazio de ordem e beleza que busca.