Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALEXSANDRA ANDRADE SANTANA
DATA: 31/01/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sessão virtual, via Google Meet
TÍTULO: A inveja na sociedade bem ordenada, justa e desigual
PALAVRAS-CHAVES: Inveja; estabilidade social; desigualdade; John Rawls; Jean-Pierre Dupuy.
PÁGINAS: 141
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:
John Rawls, ao desenvolver sua teoria da justiça como equidade, dedicou esforços a demonstrar que a sua concepção política de justiça é intrinsecamente estável ao criar as condições para que a “inveja geral desculpável” não se prolifere na sociedade bem-ordenada, justa e desigual. Tal solução foi contestada por Jean-Pierre Dupuy, segundo o qual Rawls teria sido ingênuo ao acreditar que a solução do “problema da justiça” seria capaz de resolver também o “problema da inveja”. A partir das observações críticas de Dupuy a respeito do pensamento de Rawls, o presente trabalho busca investigar a pertinência de tais observações sobre a estabilidade da concepção política de justiça a partir da forma como a solução do “problema da justiça” é capaz, ou não, de lidar com o “problema da inveja”. Para alcançar tal objetivo, será preciso: a) compreender o papel da inveja nas duas partes do argumento rawlsiano a favor dos princípios da justiça, especialmente na segunda parte, relacionada com o problema da estabilidade; b) compreender as objeções de Dupuy à tese de Rawls, no que se refere à solução do “problema da inveja”; c) analisar o impacto que a leitura de Rousseau teve para a solução rawlsiana do “problema da inveja”; e d) apresentar os elementos da teoria de Rawls que podem nos ajudar na busca de respostas às críticas recebidas, tendo sido eles observados ou não por Dupuy. A tese a ser defendida é a de que, apesar dos esforços de Rawls, os riscos advindos da inveja são apenas parcialmente evitados, uma vez que a inveja que pode desestabilizar a concepção política de justiça não se limita à “inveja geral desculpável”.