Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: UILDER DO ESPIRITO SANTO CELESTINO
DATA: 20/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: São Cristóvão. UFS
TÍTULO: VIOLÊNCIA E REVOLUÇÃO EM HANNAH ARENDT: A ABRANGÊNCIA DE UMA TEORIA DA AÇÃO
PALAVRAS-CHAVES: Violência. Revolução. Teoria da ação. Hannah Arendt.
PÁGINAS: 122
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: História da Filosofia
RESUMO:

A tese “Violência e revolução em Hannah Arendt: a abrangência de uma teoria da ação” apresenta as categorias arendtianas de “violência” e “revolução” relacionadas com sua teoria da ação humana e investiga a abrangência dessas categorias. Para o alcance da investigação, definimos o objetivo geral de demonstrar como as categorias “violência” e “revolução” conforme abordadas por Hannah Arendt permitem pensar em termos de uma abrangência de sua teoria da ação humana, seguindo-se a cinco objetivos específicos, cada um deles desenvolvido a cada capítulo da tese, que são os seguintes: 1) apresentar as obras “Sobre a violência” e “Sobre a revolução” em diálogo com comentadores indicando tendências e perspectiva de leitura; 2) expor, a partir das categorias investigadas, a abordagem de Hannah Arendt sobre os temas da violência e revolução atribuídos aos pensamentos de Marx, do marxismo, Sartre e Fanon; 3) demonstrar como as categorias de violência e revolução relacionam-se com as categorias de vita activa e vita contemplativa consideradas no conjunto da ação humana em Hannah Arendt e contemplam formas da ação humana como abrangência de uma teoria da ação; 4) examinar os limites da violência e da revolução segundo as perspectivas da teoria política de Hannah Arendt no decorrer de sua obra e; 5) apresentar a teoria da ação arendtiana diferenciando violência e revolução como crítica ou como quebra da tradição. Para alcançar estes objetivos, desenvolvemos um método de leitura e investigação que pode ser denominado “nos passos de Hannah Arendt”, constituído a partir de três características pertencentes à pensadora e considera que: 1) a teoria da ação humana e um de seus desdobramentos, a teoria política, prevalecem sobre a filosofia em Arendt; 2) o pensamento arendtiano pretende ser livre da tradição ocidental mais isto não significou inverter a tradição, cunhar outra tradição ou reduzir a tradição a nada. Tratava-se do “pensar sem corrimão” (Denken ohne Geländer), quando o “corrimão” ou as “grades” compõem a imagem da presença da tradição em seu pensamento junto com a tentativa de expressar formas livres da tradição e; 3) que a escritura (o texto) produzido por Hannah Arendt é o elemento que permite compreender/entender a experiência da autora como uma experiência do pensamento. Ao afirmar a abrangência desta teoria da ação, esta tese admite a possibilidade da desterritorialização desta teoria, isto é, não se prendendo às determinações dos textos analisados, mas apresenta-os em seus territórios, porém vislumbrando o efeito utópico próprio da desterritorialização, o qual já se encontra iniciado, mas não encerrado, na crítica de Habermas (2011) acerca do poder em Hannah Arendt.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1200318 - ROMERO JUNIOR VENANCIO SILVA
Interno - 1777796 - MATHEUS HIDALGO
Interno - 1821062 - ANTONIO JOSE PEREIRA FILHO