Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATHEUS SILVA FREITAS
DATA: 05/12/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Remota/Google Meet
TÍTULO: As Razões do Pessimismo: Schopenhauer, sua “Escola” e as Reflexões sobre a vaidade humana
PALAVRAS-CHAVES: Pessimismo. Teoria da argumentação. Escola de Schopenhauer. Matias Aires.
PÁGINAS: 93
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Metafísica
RESUMO:

O objetivo deste texto é estabelecer critérios claros sobre o que caracteriza uma doutrina ou perspectiva filosófica como pessimista. Frequentemente, o pessimismo é associado à subjetividade, à disposição de espírito de quem o sustenta. O problema é saber se o pessimismo também pode ser fundamentado em razões objetivas. Por isso, como método, pretendemos utilizar manuais de lógica informal e teorias da argumentação, a fim de encontrar “tipos de razão” capazes de identificar objetivamente o pessimismo de uma filosofia. Para tanto, tomaremos a filosofia de Arthur Schopenhauer (1788-1860) como estudo de caso, porque a sua doutrina da Vontade é a principal fonte disponível para reconstruir a base conceitual de uma filosofia pessimista. Se, por um lado, a filosofia de Schopenhauer é a que mais se presta a uma identificação, às vezes perigosamente reducionista, com o pessimismo, por outro lado não se pode explorar toda a amplitude filosófica desse termo sem ir além de sua filosofia. Por isso, é preciso abordar o pessimismo schopenhaueriano em uma perspectiva comparativa, e o faremos ao examinar os “tipos de razão” que sustentam também os argumentos pessimistas dos autores considerados membros da “Escola” de Schopenhauer e “discípulos metafísicos” dele, a saber, Julius Bahnsen (1830-1881), Philipp Mainländer (1841-1876) e Eduard Von Hartmann (1842-1906), herdeiros mais imediatos de seu pessimismo e contemporâneos entre si. Porém, para garantir que tal investigação em perspectiva sobre a fundamentação do pessimismo filosófico seja, ao mesmo tempo, tão objetiva quanto possível, um outro cuidado precisa ser tomado. Deve-se investigar se o pessimismo em filosofia se sustenta independentemente dos conceitos de uma doutrina específica, seja a de Schopenhauer ou a dos seus discípulos, e do contexto histórico em que esses autores sistematizaram suas filosofias. Assim, nossa proposta de solução passa, por fim, pela análise dos “tipos de razão” que levam o pensamento do filósofo luso-brasileiro Matias Aires (1705-1763), em suas Reflexões sobre a vaidade dos homens (1752), a ser classificado como “pessimista”. Como essa obra foi publicada mais de trinta e cinco anos antes do nascimento de Schopenhauer, e este tampouco chegou a conhecê-la, temos então uma alegada filosofia pessimista completamente autônoma em relação a Schopenhauer e sua escola.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1015844 - ARTHUR EDUARDO GRUPILLO CHAGAS
Interno - 426619 - EDMILSON MENEZES SANTOS
Externo à Instituição - VILMAR DEBONA
Externo à Instituição - JORGE ALBERTO MOLINA