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Banca de DEFESA: LUCIANA DE CASTRO NUNES NOVAES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCIANA DE CASTRO NUNES NOVAES
DATA: 31/07/2017
HORA: 09:00
LOCAL: CAMPUSLAR
TÍTULO: A BORDA DO MAR COMO UM LUGAR CULTURAL: Arqueologia de Praias e a dialética étnico-marítima do patrimônio imaterial no sítio da Preguiça, Salvador/Bahia.
PALAVRAS-CHAVES: arqueologia histórica; praia, paisagem marítima, patrimônio imaterial; propriedade intelectual
PÁGINAS: 251
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Arqueologia
SUBÁREA: Teoria e Método em Arqueologia
RESUMO:

Essa tese desenvolve uma proposta de Arqueologia de praias em Salvador e tem por objetivo construir um estudo ordenado por um aparato teórico-metodológico interdisciplinar. Essa concepção de Arqueologia foi construída para identificar a praia como um lugar cultural; patrimônio imaterial, tendo por referência o Decreto 3551/2000 e enxergar os processos de sua objetivação a partir da presença africana e negra na praia da Preguiça, Cidade Baixa. O sítio arqueológico da Preguiça é de grande magnitude para a História da Bahia e do Brasil; um raro remanescente às margens da Baía de Todos os Santos de um núcleo ultramarino português de habitação e trabalho entre os séculos XVI-XXI. Para tanto, o texto inicia com a construção de um panorama teórico dos estudos do intangível e o conjunto de leis que assegura o patrimônio imaterial no Brasil, problematizando o lugar da Arqueologia e dos ambientes aquáticos nesse cenário. Em seguida a praia é situada na normatização colonial entendendo conceitos como terrenos de marinha, propriedade e bem público. Como forma de adentrar a esfera da práxis histórica do patrimônio imaterial no sítio da Preguiça, o estudo teve como aporte a teoria da ação em Pierre Bourdieu tendo como primazia o entendimento do patrimônio imaterial como um processo histórico dialético e não como um fenômeno cultural. O estudo enfoca relações de poder na paisagem marítima colonial de Salvador, problematizando modos de produção de conhecimento no sistema mercantil-capitalista do início do século XIX destacando os embates entre a escrita e a oralidade, a cidade e o sítio, o comércio e a quitanda, a norma e a prática, o lugar e o canto. De um lado da interface, o ordenamento jurídico colonial, as edições da Gazeta Idade D’Ouro (1811-1819), as cartas de Luis dos Santos Vilhena (1798-1799) e um corpus iconográfico da cidade de Salvador. De outro, as línguas africanas e o português, as identidades étnicas e de gênero, as tradições culturais e manifestações econômicas compartilhadas por mulheres africanas e negras no trabalho da quitanda [kitanda], palavra de língua kimbundu de origem bantu que significa comércio (estrutura material e imaterial). O confronto entre estrutura e ação, permitiu enxergar a práxis circunscrita na construção de propriedades intelectuais femininas e negras, como de núcleos masculinos de produção no espaço público como o estaleiro da Preguiça. Esse texto enfoca a promoção de estratégias de reivindicação política de suas liberdades através da oralidade e do trabalho artesanal e de ganho em praias de portos coloniais.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CARLOS ALBERTO SANTOS COSTA
Presidente - 1612359 - GILSON RAMBELLI
Interno - 2019508 - LEANDRO DOMINGUES DURAN
Interno - 2023939 - PAULO FERNANDO BAVA DE CAMARGO
Externo à Instituição - SAMUEL LIRA GORDENSTEIN

Notícia cadastrada em: 21/07/2017 15:00
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