Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEOMIR CARDOSO HILARIO
DATA: 14/12/2012
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório de Geografia - departamental II - térreo
TÍTULO:
"Razão e sociedade: da Crítica do Poder à potência da crítica."
Teoria Crítica, Escola de Frankfurt, Foucault, Razão e Sociedade
Este trabalho tem como objetivos, por um lado, investigar as relações entre Foucault e a Escola de Frankfurt e, por outro, discutir o legado desta corrente de pensamento através da reflexão acerca de sua vitalidade para o tempo presente. Num primeiro momento, analisamos os elementos centrais da crítica realizada por Axel Honneth, em Crítica do Poder, ao pensamento de Michel Foucault, articulando-a com sua análise da obra do chamado “círculo interno” da Escola de Frankfurt, principalmente, Adorno e Horkheimer. Desta maneira, entendemos que Honneth opera uma aproximação do pensamento foucaultiano à linhagem crítica frankfurtiana com ênfase em deficiências comuns que apontam para uma filiação entre os autores e, ao mesmo tempo, para sua insuficiência na análise da sociedade contemporânea. No segundo momento, partimos criticamente do ponto de vista defendido por Axel Honneth segundo o qual Foucault e Habermas podem ser compreendidos como desenvolvimentos rivais das idéias e questões propostas pela primeira geração da Escola de Frankfurt. Indicamos também que os pensamentos de Adorno/Horkheimer e Foucault se configuram em linhas paralelas de abordagem da sociedade moderna, mantendo pontos de distanciamento, ao mesmo tempo em que convergem no que se refere a uma análise radical que afirma a indissociabilidade entre crítica, razão e sociedade. Por fim, buscamos concluir nossa travessia focalizando a teoria social frankfurtiana e o papel que a aporia desempenha em sua montagem, tanto no que se refere à questão da crítica da razão tal qual Habermas a formula e no que tange à práxis social emancipatória da maneira como Lukács a compreende. Procuramos, então, encaminhar estas duas críticas através do eixo comum do deslocamento da aporia: ela deixa de ser o obstáculo da crítica ou a responsável pela danificação da reflexão crítica, sendo assim necessário que a superemos de alguma forma, e passa a ser concebida como a condição de possibilidade do exercício crítico, como a potência da crítica.